ATA DA QÜINQUAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
27-6-2007.
Aos vinte e sete dias do mês de junho do ano de dois
mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá
Gomes, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti e Neuza Canabarro. Constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Clênia
Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Carlos Nedel,
Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Nereu D'Avila, Newton
Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e
Valdir Caetano. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 011/07, de
autoria do Vereador Adeli Sell, Presidente da Comissão Especial constituída
nesta Casa com a finalidade de apreciar o Requerimento nº 266/05 (Processo nº
7080/05); 265, 309, 427, 538 e 552/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério
da Saúde. À MESA, foram encaminhados: pela Mesa Diretora, o Projeto de
Resolução nº 065/07 (Processo nº 4127/07) e o Projeto de Lei do Legislativo nº
124/07 (Processo nº 4275/07); pela Vereadora Maria Luiza, as Indicações nos
064, 065 e 066/07 (Processos nos 4184, 4269 e 4271/07,
respectivamente); pela Vereadora Maristela Maffei, o Pedido de Providência nº
1932/07; pelos Vereadores Professor Garcia, Dr. Goulart e Dr. Raul, o Projeto
de Resolução nº 053/07 (Processo nº 3448/07). Após, a Senhora Presidenta
registrou a presença do Padre Néri Ortolan, Pároco da Paróquia São Cristóvão, e
do Senhor Luiz Carlos Santos Brehm, Coordenador do Conselho Paroquial,
convidando Suas Senhorias a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra,
em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Luiz Carlos Santos Brehm, que convidou os presentes a comparecerem à
22ª Festa de São Cristóvão, descrevendo a programação desse evento e lembrando
que São Cristóvão é considerado o padroeiro dos motoristas. Nesse sentido,
divulgou documento, emitido pelo Vaticano, intitulado “Diretrizes para o
Cuidado Pastoral da Estrada”, conhecido como “Os 10 Mandamentos do Motorista
Católico”. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores
João Carlos Nedel, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Adeli Sell, José Ismael Heinen,
Ervino Besson e DJ Cassiá manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a
Tribuna Popular. Às quatorze horas e quarenta e um minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e
quatro minutos, constatada a existência
de quórum. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1a Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
075/07, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Adeli Sell e Guilherme
Barbosa, 096/07, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Carlos
Comassetto; em 2a Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo no
087/07, discutido pela Vereadora Neuza Canabarro, o Projeto de Resolução nº
060/07; em 3a Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 095/07. Na
ocasião, a Senhora Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do Senhor
João Bosco Vaz, Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer. A
seguir, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando,
nos termos do artigo 218, inciso II, do Regimento, Licença Luto do dia vinte e
sete de junho ao dia três de julho do corrente, tendo a Senhora Presidenta declarado
empossado na vereança o Suplente Wilton Araújo, informando que Sua Excelência
integrará a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador Adeli Sell criticou
os Governos Estadual e Municipal, aludindo à paralisação das obras da Avenida Baltazar de Oliveira
Garcia e ao fechamento do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul. Além disso, condenou pichações
racistas ocorridas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e lamentou
termos usados pelo Desembargador Marco Antônio Barbosa Leal, ao contestar texto
da colunista
Rosane de Oliveira, publicado
ontem no jornal Zero Hora. Após, por solicitação do Vereador Professor Garcia, foi realizado um
minuto de silêncio em homenagem póstuma à Senhora Maria das Dores Leal
Maranhão, mãe da Vereadora Clênia Maranhão, falecida ontem. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, o Vereador João Antonio Dib reportou-se ao pronunciamento de hoje do
Vereador Adeli Sell, em Comunicação de Líder, concordando com afirmações feitas
por esse Vereador quanto à paralisação das obras da Avenida Baltazar de
Oliveira Garcia e ao fechamento do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul. Ainda,
asseverou que problemas no repasse de verbas ao sistema público de saúde já
ocorriam em gestões anteriores à da Governadora Yeda Crusius. O Vereador Haroldo
de Souza defendeu o afastamento do Senador Renan Calheiros, por envolvimento
desse político em casos de corrupção e uso irregular de dinheiro público. Além
disso, avaliou o Projeto de Lei do Legislativo nº 124/07, acerca do subsídio
dos Vereadores, aprovado por esta Casa, e informou que encaminhará proposta com
o objetivo de constituir grupo de veterinários voluntários para verificar o
estado de saúde em que se encontram os animais que puxam carroças e carros de
lixo na Cidade. O
Vereador Claudio Sebenelo criticou Medidas Provisórias editadas pelo Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, que reajustam vencimentos e criam vagas para Cargos
em Comissão no Governo Federal, abordando informações recebidas por Sua
Excelência, de que o Partido dos Trabalhadores teria aumentado os índices da
contribuição partidária repassada por seus militantes. Também, afirmou que a
atuação do Presidente da República representa um retorno do populismo ao
cenário político brasileiro. O Vereador José Ismael Heinen reiterou críticas ao
aumento no número de Cargos em Comissão pelo Governo Federal, mencionando,
também, que a criação da Secretaria Especial dos Portos contribui ainda mais
para isso. Além disso, discursou acerca da necessidade de serem realizadas
políticas de combate ao narcotráfico, referindo-se a pesquisas sobre o consumo
de drogas no Brasil e defendendo a criação de programas voltados à recuperação
de dependentes químicos. O Vereador Alceu Brasinha congratulou a Brigada
Militar pelo trabalho realizado no dia de ontem, relativamente à segurança de
torcedores que assistiram à partida de futebol entre o Sport Club Internacional
e o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Ainda, reiterou seu pedido ao Governo
Estadual para que as obras de ampliação da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia
sejam concluídas, chamando a atenção para os prejuízos causados aos moradores e
comerciantes da região pela paralisação desse empreendimento. A seguir,
constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado
Requerimento verbal de autoria da Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração
na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, conforme definido
pelo Colégio de Líderes. Em continuidade, foi apregoado Requerimento de autoria
do Vereador José Ismael Heinen, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no
dia vinte e um de junho do corrente. Em Votação Nominal, 1º Turno, foi
rejeitado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 006/05, por treze votos SIM,
oito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os Vereadores Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo
Danéris, Maria Celeste, Sebastião Melo e Wilton Araújo, Não os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Carlos Todeschini, DJ Cassiá Gomes, Guilherme Barbosa,
Maria Luiza, Maristela Meneghetti e Nilo Santos e tendo optado pela Abstenção o
Vereador João Antonio Dib. Após, o Vereador Luiz Braz apresentou, verbalmente,
o Recurso previsto no artigo 99 do Regimento, contra decisão tomada pela
Senhora Presidenta, que inviabilizou o encaminhamento à votação do Projeto de
Emenda à Lei Orgânica nº 006/05, tendo a Senhora Presidenta determinado que o
referido Recurso fosse formalizado por escrito. Em Discussão Geral e Votação,
esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 094/06, o qual, após ser discutido
pelos Vereadores Sebastião Melo, Carlos Todeschini, Luiz Braz e João Antonio
Dib, teve sua discussão adiada por três Sessões, a Requerimento, aprovado, de
autoria do Vereador Carlos Todeschini. Em Discussão Geral e Votação, foi
rejeitado o Projeto de Decreto Legislativo nº 008/07, por onze votos SIM, quatorze
votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, após ser discutido pelos Vereadores Sebastião
Melo, Luiz Braz, João Antonio Dib e Adeli Sell, tendo votado Sim os Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Guilherme
Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Maria Celeste,
Newton Braga Rosa e Professor Garcia, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Claudio
Sebenelo, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Nilo Santos, Sebastião Melo e Wilton Araújo e tendo optado pela Abstenção os Vereadores
Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul e Márcio Bins Ely. Na
ocasião, a Vereadora Maristela Maffei formulou Requerimento verbal, solicitando
que a Senhora Presidenta realizasse audiência com representantes de entidades
comunitárias presentes neste Plenário, relativamente à instalação, na Câmara
Municipal de Porto Alegre, de Comissão Especial para analisar o Projeto Portais
da Cidade, do Governo Municipal, tendo a Senhora Presidenta informado que
receberia Suas Senhorias no Salão Nobre Dilamar Valls Machado e o Vereador Luiz
Braz se manifestado sobre o assunto. Ainda, durante a votação do Projeto de
Decreto Legislativo nº 008/07, em face de Questões de Ordem e manifestações
formuladas pelos Vereadores Luiz Braz, Wilton Araújo, Guilherme Barbosa e
Professor Garcia, a Vereadora Neuza Canabarro, na presidência dos trabalhos,
prestou esclarecimentos acerca do processo de votação e do número de votos
necessários para a aprovação ou rejeição dessa matéria. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 002/07. A seguir, foram
aprovados Requerimentos de autoria do Vereador Professor Garcia, solicitando o
adiamento, por duas Sessões, das discussões do Projeto de Lei do Executivo nº
053/06 e do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 014/06. Em Votação, foi
votado o Requerimento nº 079/07, o qual obteve treze votos SIM e duas ABSTENÇÕES,
após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Claudio Sebenelo, José Ismael
Heinen, Maria Luiza, Dr. Raul, João Antonio Dib, DJ Cassiá Gomes, Guilherme
Barbosa, Ervino Besson e Maristela Maffei, em votação nominal solicitada pelos
Vereadores Adeli Sell e Luiz Braz, tendo votado Sim os Vereadores Alceu
Brasinha, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Maria Luiza, Maristela Meneghetti e Wilton Araújo e tendo optado pela Abstenção
os Vereadores João Antonio Dib e Márcio Bins Ely, votação esta declarada nula
pela Senhora Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Na
oportunidade, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria dos Vereadores Adeli
Sell, Líder da Bancada do PT, Carlos Todeschini e Guilherme Barbosa, ao Projeto
de Lei do Executivo nº 053/06 (Processo nº 5604/06). Também, a Vereadora
Maristela Maffei manifestou-se em relação à aprovação, no Congresso Nacional,
de legislação referente à regulamentação de estágios para estudantes de
instituições de educação superior, de educação profissional e de ensino médio.
Ainda, os Vereadores Haroldo de Souza e Luiz Braz manifestaram-se acerca do
teor do Requerimento nº 079/07, tendo a Senhora Presidenta prestado
esclarecimentos sobre o assunto. Às dezessete horas e quarenta e cinco minutos,
constatada a inexistência de quórum deliberativo, a Senhora Presidenta declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas
Vereadoras Maria Celeste, Maristela Meneghetti e Neuza Canabarro e
secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos Nedel. Do que eu,
Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que,
após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Passamos à
O Sr. Luiz Carlos
Santos Brehm, Coordenador do
Conselho Paroquial da Paróquia São Cristóvão, está com a
palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo à
22ª Festa de São Cristóvão. Convidamos o Padre Neri Ortolan a fazer parte da
Mesa. Com a palavra, o Sr. Luiz Carlos Santos Brehm.
O
SR. LUIZ CARLOS SANTOS BREHM: Boa-tarde!
Cumprimento todos, em especial a Vereadora-Presidenta, Sra Maristela
Meneghetti; o Ver. João Carlos Nedel, que nos convidou para estarmos aqui hoje;
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público aqui presente e a
comunidade de Porto Alegre, nós estamos aqui, hoje, convidando todos para a 22ª
Festa de São Cristóvão, que se realiza no dia 22 de julho na nossa Paróquia São
Cristóvão, que fica na Zona Norte de Porto Alegre, no Parque Santa Fé, Bairro
Rubem Berta.
A
Festa de São Cristóvão tem uma importância especial, eu acho, porque todos nós
somos motoristas e, como motoristas, temos o nosso Padroeiro, que é São
Cristóvão. Então, a importância da Festa de São Cristóvão, que não é uma festa
só de bairro, mas é uma festa de todos aqueles que ganham a sua vida ao
volante, daqueles que dirigem para passeio; todos nós temos como Padroeiro São
Cristóvão.
Então,
é uma festa importante, é uma festa da Cidade, e a intenção do nosso Pároco, o
Padre Neri, é que esta festa não seja somente uma festa de bairro, uma festa da
comunidade do Bairro, mas que ela passe a ser uma festa também no Calendário de
Porto Alegre, porque é a única Paróquia de Porto Alegre, a de São Cristóvão,
que faz isso.
Então,
nós temos uma programação que começa no dia 13 de julho, com a Novena,
sexta-feira às 20h, tendo a primeira missa celebrada pelo Padre Roberto Paz;
depois no sábado e domingo, às 18h30min. Na segunda-feira retorna ao mesmo
horário até sexta-feira, que será às 20h, e às 18h30min no sábado. Esclareço
que cada noite terá um celebrante e um tema diferente. (Mostra foto.) E no dia
22, às 9h, haverá a missa festiva, e, após, às 10h30min será realizada uma
carreata com um percurso de aproximado de 35 quilômetros. Acho que esse é o
momento mais importante, após a missa, porque os motoristas têm a oportunidade
de mostrar a sua devoção, a sua participação. A gente sabe que a maioria dos
motoristas, principalmente os camioneiros, os motoristas de ônibus, todos têm
nos seus veículos a imagem de São Cristóvão. Então, este será o momento em que
poderão demonstrar a sua gratidão pelo seu Padroeiro, a sua devoção, a sua fé,
participando dessa carreata. A carreata sairá pela Assis Brasil, irá até o
Posto Garoupa, retornará pela Av. Assis Brasil, pegará as Avenidas do Forte, a
Saturnino de Brito, a Protásio Alves até a Manoel Elias. Na Av. Manoel Elias
será dada a benção nos carros; na Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, que
fica no Jardim Leopoldina, a carreata entra e vai em direção ao Santuário de
Fátima, onde se realizará o nosso almoço, nas dependências do Santuário de
Fátima, junto ao Colégio São Francisco. Então, está previsto para chegarmos lá,
para o almoço, em torno do meio-dia. Quem quiser participar da carreata, que é
o momento bonito da Festa, vai até próximo ao Santuário para receber a benção,
traga seus filhos e, aos que optarem por almoçar, teremos convites à venda. O
almoço terá como cardápio: maminha; coxa e sobrecoxa de frango; salsichão;
saladas diversas, e doces. À tarde teremos bingo, um baile para animar e
brincadeiras para as crianças; sorteio de brindes, prêmios, tudo pelo preço do
convite. Então, é um momento de confraternização e nós convidamos toda a
comunidade de Porto Alegre para que esteja presente neste evento.
Nós estamos, também, aproveitando a Festa de São
Cristóvão para divulgar os 10 Mandamentos do Motorista, que foram publicados
recentemente pelo Papa. Está nos jornais da semana passada. A intenção é,
também, que a Paróquia de São Cristóvão comece a trabalhar na divulgação desses
Mandamentos: 1º - Não matarás; 2º - A estrada seja para ti um instrumento de
ligação entre as pessoas, não de morte; 3º - Cortesia, correção e prudência
para te ajudar a superar os imprevistos; 4º - Ajudar o próximo, principalmente
se for vítima de um acidente; 5º - Que o automóvel não seja o lugar de
dominação e nem o lugar de pecado; 6º - Convencer os jovens sem licença a não
dirigir; 7º - Dar apoio às famílias que têm parentes vítimas em acidente; 8º -
Reúna-se com a vítima, com o motorista agressor em um momento oportuno, para
que possa viver a experiência libertadora do perdão; 9º - Proteger o mais
vulnerável; 10º - Você é responsável pelos outros.
Vai ser a primeira Festa na nossa igreja nova. A
nossa igreja foi inaugurada no dia 17 de dezembro passado, e tem uma história
muito bonita. Há três anos nós não tínhamos igreja, usávamos emprestada a
Capela de São Francisco, e com a liderança do Padre Neri, nesses três anos,
mobilizamos a comunidade, compramos três terrenos, e construímos uma bonita
igreja, de 810 metros quadrados. Então, será a primeira festa a lá se realizar.
A comunidade está muito orgulhosa de ter conseguido este feito num espaço tão
curto - a igreja foi construída em apenas um ano, e é o momento, também, de nós
agradecermos à comunidade que nos apoiou em todos os eventos que fizemos -
festas, rifas, galetos e doações. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Convido o Sr.
Luiz Carlos Brehm - por gentileza - a
compor a Mesa.
O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Em
nome da Bancada do Partido Progressista, dos Vereadores João Antonio Dib,
Newton Braga Rosa, e no meu, quero dar as boas-vindas ao Pároco Neri Ortolan;
ao Sr. Luiz Carlos dos Santos Brehm, Presidente e Coordenador do Conselho da
Paroquial, e também aos paroquianos Abrelino Reche e Júlio Sasso das Dores, que
nos dão a honra das suas presenças, e agradecer por virem nos convidar para a
Festa de São Cristóvão. Efetivamente, Porto Alegre recebe essa festa já há
muitos anos, e desta vez nós queremos incentivar o máximo possível, e, por
isso, eu agradeço a presença dos senhores.
Eu
queria cumprimentar a comunidade do Parque Santa Fé pela beleza do novo templo.
O novo templo construído lá na Rua Ozmindo Júlio Kuhn, no Parque Santa Fé, é
realmente uma beleza. Queria dizer a essa comitiva que a nossa Presidenta,
Maria Celeste, e eu, encaminhamos um Projeto de Lei nesta Casa, colocando a
procissão de São Cristóvão e a Festa de São Cristóvão no Calendário Oficial da
nossa Cidade. Então, tenho certeza de que já a próxima festa estará neste
Calendário. Nós queremos incentivar, convidar a população de Porto Alegre para
essa festa, no próximo dia 22 de julho, iniciando no Parque Santa Fé, na
Paróquia, e se encerrando junto ao Santuário Nossa Senhora de Fátima, junto ao
Colégio São Francisco.
Sejam
bem-vindos, e meus cumprimentos por essa solenidade.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. DR. RAUL: Sra
Presidente, Maristela Meneghetti; Sr. Luiz Carlos Santos Brehm, Coordenador do
Conselho Paroquial, Pároco Neri, é com muita satisfação que a gente recebe a
visita de vocês para divulgar uma festa que já está incluída no Calendário da
Cidade, que vai estar, agora, incluída oficialmente, e nós juntos estamos neste
Projeto com toda a certeza. Eu já tive grandes momentos na festa de São
Cristóvão; há vários anos participo dela, até por ter sido médico na região,
junto do Colégio São Francisco, do bairro Rubem Berta, nos colégios da região.
Gostaria de saudar, através da presença de vocês, também o Antônio e a Nadir,
que são pessoas sempre participantes da festa, pessoas que estão sempre dando
força lá na região, e também me congratular com a nova igreja, dizendo que nós
somos realmente parceiros, não só da igreja, mas de toda a comunidade da região.
Estamos juntos, e mais uma vez lá estaremos, na 22ª Festa de São Cristóvão. Um
abraço a todos!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Dr. Raul.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ADELI SELL: Cara
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; caros visitantes; Sr. Luiz Carlos, do
Conselho Paroquial; meu caríssimo Padre; em nome da minha Bancada, a Bancada do
Partido dos Trabalhadores, queremos parabenizar esta insistente batalha para
manter uma tradição que é a Festa de São Cristóvão, nessa importante região da
Cidade, especificamente no Parque Santa Fé. Não posso deixar de colocar a minha
preocupação com a saída da carreata, porque algumas pessoas deverão sair dali e
passar pela Baltazar. Então, todos os mandamentos que o nosso Papa nos coloca
devem ser mais do que nunca colocados em primeiríssima preocupação, dado o
estado daquela via pública, que nós esperamos que com tanta luta da comunidade
e desta Câmara de Vereadores, consigamos finalmente ver recomeçarem aquelas
obras. Nós também queremos dizer, com júbilo, que a nossa Bancada acompanha
esse esforço da comunidade de fazer todo esse trabalho de integração, como
recentemente na caminhada de Corpus Christi, quando a gente viu todas as
comunidades, todas as paróquias da região ali reunidas, e sempre contando com a
presença da Paróquia de São Cristóvão. Então, vida longa a essa festividade!
Que esteja no Calendário Oficial do nosso Município, e sempre à disposição das
senhoras e dos senhores. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Adeli Sell.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Sra Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Exmo Sr. Padre
Neri, Exmo Sr. Luiz Carlos Santos Brehm, Coordenador do Conselho
Paroquial de São Cristóvão. Eu acho que nunca foi tão necessário nós
comemorarmos, nós reverenciarmos esse Santo padroeiro, São Cristóvão, nesse
nosso dia-a-dia. Tanto é que o Papa editou os dez mandamentos do trânsito. Eles
vêm a calhar, vêm na hora certa, nesse trânsito maluco, nessa violência, nesse
destempero que é o trânsito. Que seja um dia que possamos todos meditar para
nos aproximarmos mais do próximo e termos mais solidariedade no trânsito. Os
senhores estão de parabéns! Em nome do Democratas, estamos à disposição dos
senhores. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art.
206 do Regimento.
O
SR. ERVINO BESSON: Minha
cara Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
querido Pároco Neri, Sr. Luiz Carlos Santos Brehm, Coordenador do Conselho
Paroquial, em nome da Bancada do PDT, em meu nome, da Verª Neuza Canabarro, e
dos Vereadores Nereu D’Avila, Mario Fraga e Márcio Bins Ely, queremos
parabenizá-los e saudá-los por esta importante visita que fazem à Casa do Povo,
bem como agradecer este convite, pois, sem dúvida nenhuma, é um evento que
marca a história da cidade de Porto Alegre, como a procissão de Nossa Senhora
dos Navegantes, Corpus Christi, procissão de Santo Antônio. São momentos, sem
dúvida nenhuma, que marcam muito para as reflexões do nosso povo. São Cristóvão
é protetor dos motoristas; vamos pedir que proteja os motoristas, pois
acompanhamos dia a dia os brutais acidentes que acontecem.
Levem, vocês, que
organizam essa festa, o nosso abraço, em nome da nossa Bancada, a nossa
gratidão por esse grande esforço, porque não é fácil organizar as procissões,
dá trabalho, e sei que vocês lutam para que tudo corra bem. Estamos aqui
torcendo para que isso aconteça, e, mais uma vez, se pudermos, estaremos lá,
assim como vários Vereadores. Gosto muito de participar da procissão e, queira
Deus, a gente consiga estar mais uma vez juntos nesta caminhada, pedindo a Deus
que nos proteja para enfrentamos esse trânsito no dia-a-dia.
Agradecemos a
presença de vocês e pedimos ao querido São Cristóvão que nos proteja sempre.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Ervino.
O Ver. DJ Cassiá Gomes está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DJ CASSIÁ
GOMES: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, em nome da Bancada do PTB quero parabenizar a Paróquia São
Cristóvão, representado pelo Sr. Luiz Carlos Santos, e também pelo Padre Neri.
Mais uma vez, em nome da Bancada, quero dar os parabéns pelo trabalho de vocês, e dizer
também que o nosso colega de Bancada, Ver. Brasinha, vai estar presente nessa
festa, colaborando com o seu caminhão móvel de som.
Em nome do PTB, mais uma vez, os nossos parabéns à
Paróquia São Cristóvão.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Agradecemos
pela presença do Sr. Luiz Carlos Santos Brehm, Coordenador do Conselho
Paroquial e do Padre Neri Ortolan, Pároco da Paróquia São Cristóvão.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspende-se a Sessão às 14h41min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti – às 14h44min): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos
à
(05 oradores/05 minutos/com
aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2434/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 075/07, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que
altera o art. 12 da Lei nº8.279, de 20 de janeiro de 1999, e alterações
posteriores, alterando condições para a exploração ou a utilização dos veículos
de divulgação presentes na paisagem urbana e visíveis nos logradouros públicos.
PROC.
Nº 2987/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 096/07, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que
institui a Semana Municipal da Agricultura Ecológica, a ser realizada
anualmente, na quarta semana do mês de setembro, que passa a integrar o
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, e dá outras
providências.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2760/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/07, de autoria dos Vereadores Adeli Sell e
Margarete Moraes, que inclui no Calendário Oficial de Eventos do Município de
Porto Alegre, o Desfile-Show da Estilista Milka Wolff, a ser realizado
anualmente, em data compreendida entre os meses de abril e maio.
PROC.
Nº 3832/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 060/07, de autoria da Mesa Diretora, que institui o Troféu Ordem dos
Açorianos, a Comenda Porto do Sol e o Diploma Honra ao Mérito, premiações a
serem outorgadas pela Câmara Municipal Porto Alegre, revoga legislação
pertinente à matéria e dá outras providências.
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 2981/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 095/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor José Osvaldo
da Silva Salada.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje há cinco
Projetos em Pauta: dois em 1ª Sessão, dois em 2ª Sessão, e o quinto, em 3ª
Sessão.
Eu,
às vezes, tenho a impressão de que os legisladores se sentam, quando não têm
nada a fazer, e dizem: “Bom, vou fazer uma lei!” O nosso problema não é fazer
mais leis; o nosso problema é fazer com que as leis sejam claras, precisas,
concisas, para que sejam cumpridas. O nosso problema é fazer a consolidação das
leis existentes na Cidade. Sobre o mesmo assunto, às vezes, há trinta,
quarenta, cinqüenta leis. E eu não estou exagerando. O meu amigo, o Ver.
Brasinha, está fazendo um Projeto de Lei (Lê.): “alterando as condições para a
exploração ou a utilização dos veículos de divulgação presentes na paisagem
urbana e visíveis nos logradouros públicos”. Esta lei atual sobre publicidade
foi fruto de um trabalho aqui da Câmara, que realizou um fórum de dois ou três
dias, quando discutiram exclusivamente isso; aí começaram a fazer mais leis.
Nós precisamos consolidar a legislação, até para que as pessoas possam
trabalhar. Olhando aqui (Lê.): “A exploração ou a utilização dos veículos de
divulgação presentes na paisagem urbana e visíveis aos logradouros públicos só
será permitida nos imóveis edificados, não-edificados ou em construção em que
seja exercida a atividade divulgada”.
Se
não houver uma loja lá para fazer a propaganda do seu supermercado ou coisa que
o valha, não tem publicidade. Mas se tiver loja, e se o ocupante ali exercer
atividade comercial, industrial ou cultural, com a devida licença de
funcionamento expedida pelo Poder Público, a lei deveria ser pelo Município.
Não, mas tudo bem.
O
Ver. Comassetto deseja instituir a Semana Municipal da Agricultura Ecológica, a
ser realizada anualmente, na quarta semana do mês de setembro, que passaria a
integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município, e dá outras
providências. Eu não tenho detalhes do como ele quer como isso seja feito, mas
eu acho que se preocupar com a agricultura ecológica é muito importante, dado
que, cada vez mais, nós tomamos venenos, comemos venenos e, talvez, com a
agricultura ecológica, nós venhamos a ter melhores condições de vida. Eu fico
pensando: será que nós precisamos de todas essas leis? Será que nós não
faríamos melhor cumprindo a Lei Orgânica do Município, para começar?
Nós
vamos votar amanhã o recesso, em segundo turno. E hoje até li no jornal que eu
havia feito abstenção. Eu votei favorável ao projeto. Abstenção eu fiz para a
Emenda apresentada, porque achei que não era a melhor coisa para a Câmara
Municipal. Então, eu acho que a gente tem que ser muito claro na legislação.
Nós não precisamos de tantas leis. Agora, é muito importante, Sra
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti, que se faça a consolidação das leis do
Município, porque é difícil entender a nossa legislação. Sobre transporte
coletivo, por exemplo, há assuntos que se repetem em 20, 30, 40 leis; também
sobre publicidade; sobre ambulantes; e sobre o Código Tributário do Município
deve ter uma centena de leis complementares. Eu acho que é chegada a hora de
fazer alguma coisa. A Diretoria Legislativa parece que até já começou a
consolidar as leis. Não se fazem leis, leis e mais leis todos os dias. Saúde e
PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. João Antonio Dib.
Registramos
a presença do Sr. João Bosco Vaz, nosso Secretário de Esportes.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. ADELI SELL: Minha
cara Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; colegas Vereadores e Vereadoras,
cidadãos, cidadãs; Ver. João Dib, a discussão de Pauta é muito importante. Há
Vereadores aqui, nesta Casa, por exemplo, que pretendem diminuir esse espaço de
discussão. Não sou daqueles que comungam com essa visão. Eu acho que este é o
grande momento de a gente começar a esquentar o debate sobre projetos de lei.
O
Ver. Brasinha tem algumas ousadias, ele já fez alguns projetos que chacoalharam
a Casa, mas tem gente que “amarelou” e não quis votar alguns projetos. Ele
apresenta um Projeto agora, diz que não quer tumultuar, mas já está tumultuando
com a sua proposta. Ele foi inteligente na forma como redigiu o Projeto, meu
caro Secretário João Bosco Vaz. O Brasinha quer acabar com os outdoors,
só que ele não fala isso no Projeto. Ele está querendo imitar a paulistada, que
deixou a cidade ficar detonada, pois era um “salve-se quem puder”; algumas
empresas não ligavam para a Prefeitura e foram detonando. Mas acontece, Ver.
Brasinha, que a Lei nº 8.279, de 20 de janeiro de 1999 foi discutida dez anos
nesta Casa, e o principal articulador dessa Lei é o arquiteto Clóvis Ilgenfritz
da Silva, que discutiu com a categoria, discutiu com essas empresas, discutiu
com a Cidade. Ele foi um incansável batalhador, porque ele queria ter um
regramento dessa questão, para que Porto Alegre não se transformasse naquela
São Paulo de antes da Lei que acabou com tudo, mas que não acabou também,
porque agora o Judiciário começou a legislar, dando liminares, passando por
cima de uma Lei. Eu não sou favorável à sua lei, eu sou pela manutenção da Lei
nº 8.279.
Quero
convidar o ex-Vereador, ex-Presidente desta Casa, ex-Secretário Clóvis
Ilgenfritz da Silva, Ver. Brasinha, para discutir com o seu gabinete, com a sua
assessoria, porque acho que ele fez um trabalho muito longo, e merecemos
discutir essa questão com o ex-Vereador Clóvis Ilgenfritz da Silva - faça-se
justiça!
Atualmente,
nesta Cidade, o Judiciário também começou a legislar; são várias as liminares
passando por cima de leis nossas, leis corretas, constitucionalmente fundamentadas,
mas há decisões judiciais. Não que eu não respeite o Judiciário, mas também não
podem falar o que estão falando hoje nos jornais da Capital, porque isso vai
propor censura prévia à imprensa, e aí, gente, aqui tem um guerreiro contra a
censura prévia na imprensa, seja de que coloração for. Liberdade de imprensa
sempre, em todas as condições! Eu tenho medo, com essas proibições, proibições,
proibições... Nós temos que ter regramento, Ver. Brasinha, regramento. Eu acho
que, se nós tivéssemos uma fiscalização que não tivesse dois pesos e duas
medidas, com canetaços e canetaços, nós teríamos outdoors onde devemos
ter outdoors, teríamos publicidade com as medidas corretas, e não como
hoje acontece. Eu sei de um caso em que mandaram tirar uma publicidade por
causa de 8 mm, quando, ao lado, havia publicidades com 3 m além da conta, e não
foi feito nada! A fiscalização, hoje, nessa questão da poluição visual, se dá
única e exclusivamente quando há denúncia; isso é um absurdo! Aconteceu um
caso, por exemplo, mais recente ainda, ali na Av. Independência, onde há uma
galeria: um sujeito foi pego como bode expiatório, porque foi denunciado única
e exclusivamente por disputa comercial; a SMAM foi lá e “tacou” uma multa no
sujeito, porque a propaganda estava alguns milímetros diferente do que a
legislação exige, e os outros, que tinham dimensões muito superiores, não
sofreram nada! Por isso que há essa zorra, essa bagunça! Por isso que o Ver.
Brasinha está “botando lenha na fogueira.” Mas eu, em alguns casos, sou conservador;
nesse caso sou conservador: a Lei que nós temos é importante, bem articulada,
feita pelo então Presidente da Câmara, Clóvis Ilgenfritz da Silva.
Brasinha,
nessa eu não estou com V. Exa; com o Grêmio eu estou, mas nessa
aqui, me desculpe, não estou!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Adeli Sell.
A
Verª Neuza Canabarro está com a palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Exma
Sra Presidente dos trabalhos, Verª Maristela Meneghetti; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, nós estamos em discussão preliminar de Pauta, e eu
confesso, Srs. Vereadores, que passei trabalho em selecionar e ver o que
discutir. Realmente o Ver. João Antonio Dib tem razão quando coloca que em
determinados momentos eu não sei o que nós estamos fazendo. Nós estamos
legislando para quê?
O
Ver. Adeli Sell e a Verª Margarete Moraes estão com um Projeto para incluir no
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre o desfile-show
da estilista Milka Wolff, a ser realizado anualmente em data compreendida entre
os meses de abril e maio. Ver. Guilherme Barbosa, eu sou particular amiga da
Milka, assisto a todos os seus desfiles, fui uma das patrocinadores do seu
desfile no Palácio Piratini, quando o Collares era Governador, conheço bem o
seu trabalho, só que, na análise do Processo, Ver. Adeli Sell, eu me surpreendi
com o seguinte: não há absolutamente nada de autorização, de concordância da
estilista Milka Wolff para que seja incluído no Calendário de Eventos o seu desfile,
porque ela tem uma empresa privada e, a partir da decisão desta Casa de incluir
seu desfile no Calendário, ela será obrigada a participar, estará comprometida.
Eu sei que a Milka tem filhas que vão seguir o seu trabalho, mas aqui não há
absolutamente nenhum dado, Ver. Adeli Sell, que nos dê essa tranqüilidade.
O
Sr. Adeli Sell: V. Exa
permite uma aparte? (Assentimento da oradora.) Eu quero lhe agradecer por essa
dica, porque, na verdade, nós conversamos com ela, e de fato é importante que
haja uma autorização por escrito, porque esse evento poderá se findar num
espaço de tempo, ou não, mas eu vou aceitar a sua ponderação. Conversarei com a
Verª Margarete Moraes. Nós nos envolvemos com isso no outro Governo, a SMIC e a
Secretaria de Cultura sempre foram parceiros desse evento. Eu agradeço.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Assim
como eu fui parceira lá naquele primeiro evento no Palácio Piratini, quando ela começou a fazer um espetáculo
diferenciado. Mas essa colocação é como contribuição para que nós não tenhamos
os Projetos com lacunas consideráveis, até em relação à observância de que, ao
ser incluído esse evento no Calendário de Eventos por esta Casa, haja um
compromisso de uma continuidade, ou seja, que a empresa, então, procure
realizá-lo todos os anos. Então, essa seria a minha colocação, sem nenhum
demérito ao Projeto; ao contrário, a contribuição da estilista Milka Wolff em
relação à Cultura de Porto Alegre é reconhecida por todos nós. Os seus
desfiles, anualmente, são de grande impacto e são muito procurados; milhares e
milhares de pessoas acorrem aos desfiles da Milka Wolff, principalmente pela
temática - neste ano homenageando Portugal, também já foram homenageados Israel
e outros países. Nós queremos consolidar que se tenha a seriedade pertinente à
responsabilidade da nossa função de Vereadores. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª
Neuza.
O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Verª Maristela
Meneghetti, presidindo a Sessão, colegas Vereadores, Vereadoras, cumprimento o
Secretário João Bosco Vaz, também Vereador desta Casa, demais pessoas que nos
acompanham no Plenário e pela TV. Já em outra ocasião eu falei da importância
deste momento de discussão de Pauta, e que aquela proposta de passar esse
período para o final da Sessão não tem a minha concordância. Acho que alguns
Projetos exatamente justificam a importância deste primeiro debate, que é o
caso do Projeto do Ver. Alceu Brasinha, já comentado pelos colegas Ver. João
Antonio Dib e Ver. Adeli Sell. Este Projeto mexe num abelheiro fenomenal de
grande, e, como a nossa Bancada ainda não discutiu o Projeto e não construiu
uma posição, uma posição preliminar, eu quero discordar do meu colega Ver.
Adeli Sell, companheiro e amigo, porque eu vejo que, numa sociedade de consumo
como a nossa, infelizmente, em que o grande valor é o mercado, é o produto e
não o ser humano, a gente vive esmagado,
literalmente esmagado, por propagandas. A indústria cria inclusive produtos que
as pessoas não precisam, e depois criam situações para que você passe a
depender daquele produto. E para isso nós somos literalmente esmagados desde o
momento em que a gente acorda até o momento em que fechamos os olhos para dormir,
em todos os espaços em que a gente vive - o espaço do jornal, da revista, da
televisão e das nossas vias. E a coisa chegou a um ponto impressionante: em
todas as formas de propaganda - em todas as formas de propaganda! Onde o seu
olho parar, provavelmente verá propaganda de alguma coisa. Há pouco nós vimos,
na cidade de São Paulo, uma medida muito boa que começou a fazer uma verdadeira
limpeza no espaço visual da cidade de São Paulo. A reportagem de uma das TVs -
não me lembro agora qual - mostrou, inclusive, que começaram a ser vistos
edifícios que há décadas não se viam. Edifícios de bonitas fachadas, de
arquitetura avançada e bonita, antes escondidas por propagandas de outdoor,
backlight, frontlight, um monte de coisas. A gente vive esmagado
pela propaganda que quer nos vender coisas de que não precisamos, e, ao mesmo
tempo, tirando os espaços naturais das cidades, escondendo edificações de
arquitetura de grande beleza.
Portanto,
acho que este é um tema importante. Para quem nos escuta, o Projeto do Ver.
Brasinha é um Projeto muito curto que modifica uma Lei existente, a Lei nº
8.279, de janeiro de 1999. É uma Lei que disciplina esses elementos de
propaganda na Cidade e, de forma indireta, quero cumprimentar a sua assessoria,
pois, com uma forma indireta, praticamente diz que quem pode colocar propaganda
em uma edificação é aquele que ocupa a edificação e que tem, realmente, um
negócio naquele lugar a divulgar. Portanto, de maneira indireta, nós vamos
deixar de ter os outdoors em um monte de lugares, e eles nos impedem de ver a
paisagem natural. Nós vamos deixar de ver os backlights, os frontlights;
existe também a propaganda móvel, por computador, que inclusive tira a atenção
do condutor de veículo. Aquilo é um risco, um perigo! Eu não sei como as autoridades
de trânsito permitem aquele tipo de propaganda!
Não
sei neste momento - porque V. Exas sabem que nós trabalhamos, na
Bancada, em conjunto - se teremos voto a favor ou voto contra, mas eu tenho
simpatia pelo Projeto, Ver. Brasinha, porque nós vamos disciplinar uma coisa
que é acachapante! É uma coisa acachapante para o cidadão: no visual da Cidade,
como espaço natural construído, e porque impõe, permanentemente, produtos que,
muitos deles, nós não precisamos, produtos que nos querem enfiar “goela abaixo”.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Guilherme Barbosa.
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sra Presidenta dos trabalhos, Verª Maristela Meneghetti;
colegas Vereadores e Vereadoras, senhores e senhoras, apresentamos um Projeto
de Lei para instituir em Porto Alegre a “Semana da Agricultura Ecológica”. Já
se pronunciou aqui o Ver. João Antonio Dib, salientando a importância do tema.
É justamente pela importância do tema e pela dimensão que tem a agricultura
ecológica para Porto Alegre, para o Rio Grande do Sul e para o mundo, neste
momento, que nós estamos propondo que, na quarta semana de setembro, ou seja,
no início da primavera, Porto Alegre possa comemorar uma Semana da Agricultura
Ecológica.
Aqui
trago algumas razões objetivas para valorizar este tema. Primeiro, porque os
alimentos estão cada vez mais contaminados e a agricultura tradicional, através
da revolução verde, desenvolveu, por meio de avançadas tecnologias químicas e
industriais, a monocultura em larga escala. Eu vou citar aqui, aos senhores e
senhoras, um exemplo, como agrônomo que sou, de quais os produtos químicos são
utilizados na produção de alimentos, verduras, hortaliças, grãos. Começam
utilizando os fungicidas para fazer a esterilização do solo; logo depois, vêm
os herbicidas, que são produtos químicos - todos são venenos -, para matar as
plantas não-desejadas. Assim que crescem as plantas, podem ser utilizados fungicidas
para matar os fungos; acaricidas para matar os ácaros; nematicidas para matar
os nematóides; inseticidas para matar os insetos. Essa carga química toda que é
jogada nas plantas e que, depois de crescidas, consumimos no dia-a-dia, não é
calculado e não é desenvolvido o significado que tem esse coquetel no ambiente
e nos nossos organismos.
A
agricultura ecológica traz o resgate da produção de alimentos utilizando os
princípios da natureza, utilizando o ciclo natural e os recursos que a natureza
nos oferece. Através da agricultura orgânica, o solo tem vida; tendo ele vida,
todos os seres acima dele também o têm. Aqui, em Porto Alegre, principalmente
na Zona Sul, temos os grupos de agricultores ecológicos que já produzem isso.
Na Estrada das Quirinas, atrás do Morro São Pedro, há a Cooperativa Ecológica
Arco-Íris, que é um agrupamento em torno de 40, 50 agricultores que vive e
sobrevive desse tema. No Lami, nós temos o grupo Apel - Associação dos
Produtores Ecológicos do Lami - que vive da produção de vegetais, grãos,
agroindústrias, transformações, pães, inclusive de plantas medicinais,
essências vegetais - tudo isso está sendo produzido em Porto Alegre -, assim
como há a Associação Pró-Lami e um conjunto de outras entidades.
Porto
Alegre foi pioneira em instituir as feiras ecológicas. Eu quero aqui registrar, Ver. Guilherme
Barbosa, que tive o privilégio, na primeira Administração da Frente Popular em
Porto Alegre, na Administração de Olívio Dutra, de coordenar esse Departamento,
quando se implantou a Feira Ecológica da Av. José Bonifácio, que foi uma marca
e é uma referência, hoje, para o Brasil, porque várias outras cidades e quase
todas as capitais e cidades do Interior, como Pelotas, Santa Maria e outras,
reproduziram esse modelo de desenvolvimento para comercialização direta. Hoje,
temos feira ecológica, em Porto Alegre, em Ipanema, no Menino Deus e em outros
bairros da Cidade, que fazem a comercialização direta dos produtos, e isso
garante uma qualidade de vida e uma qualidade de alimentação.
Portanto, tratar desse tema e
colocá-lo no Calendário Oficial da Cidade, para que todo esse público,
juntamente com os consumidores, trabalhe com o Poder Público, elaborando uma
programação e divulgando esse segmento, é uma iniciativa, sim, que cabe ao Legislativo
provocar, promover, ajudar a dar sustentação. Organizar o tema da agricultura
ecológica hoje está em moda, inclusive pelo mundo, e muitos o fazem sem
defender os seus conceitos e ter o seu entendimento, que é uma mudança de
paradigma, que é uma mudança cultural, e é isso que nós temos que buscar,
porque, Ver. Sebastião Melo, não dá mais para viver com esse modelo de
urbanidade consumista que produz montanhas e montanhas de lixo, desperdiçando
um potencial energético fantástico e contaminando os mananciais hídricos,
contaminando o solo, contaminando o ar. Essas iniciativas, em uma Capital como
Porto Alegre que tem ainda um grande número de produtores, entre eles um
segmento da agricultura ecológica, têm que ser valorizadas.
Portanto, a proposição que fazemos nesse Projeto de
Lei, de instituir a Semana Municipal da Agricultura Ecológica em Porto Alegre,
para que seja realizada anualmente, na quarta semana do mês de setembro, tem
por objetivo continuarmos a construir a cultura ambiental na sociedade e valorizar
um segmento que traz qualidade de vida para os produtores e para os
consumidores. Muito obrigado, Sra Presidenta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Carlos Comassetto.
Encerramos o período de Pauta.
A
Verª Clênia Maranhão solicita Licença por Luto no período de 27 de junho de
2007 a 03 de julho de 2007. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. Wilton de
Araújo, nos termos do art. 218, inc. II, do Regimento desta Casa, que integrará
a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maristela Meneghetti; colegas Vereadores; cidadãos e cidadã de Porto Alegre,
ora, vejam só, a Bancada de oposição desta Casa se obriga a ser a primeira a
falar, como já muitas vezes falamos, sempre abrindo os debates neste importante
espaço de Liderança, e nem sempre o Governo se digna a responder as questões
que nós estamos colocando, ou não tem resposta, ou deve concordar que a coisa
vai mal mesmo. Porque mal mesmo - Vereadores que têm conhecimento da Zona
Norte, não sou o único que tenho -, vejam a Av. Baltazar, está um escândalo, é
um caos?! Não pude deixar de comentar, quando estava aqui o pessoal da
comunidade de São Cristóvão, porque pode até haver uma carreata, mas quero
saber como a carreata vai acontecer se tiver que sair e passar ali,
necessariamente, pela Av. Baltazar?
Ver.
Nilo, o que está havendo com o Governo Yeda, que não tem dois milhões e 800 mil
reais para colocar lá, na obra, e receber 22 milhões de reais do BNDES? O que
está fazendo o Prefeito Municipal que está mudo diante da situação? Só nós que
falamos, que reivindicamos, que nos queixamos, e o povo e a população da Zona
Norte?
A questão dos repasses para a Saúde é muitíssimo semelhante,
ou melhor, é igual, e não falam nada. Há uma crise na Saúde, o PAM-3 continua
fechado, deve estar pronta a obra na sexta-feira, mas não sabemos se o
Prefeito, o Secretário e o Governo vão comprar uma briga com o Cremers e com o
Simers, porque já capitulou para o Cremers e para o Simers, não uma vez, mas
várias vezes. Nós não vamos nos dobrar diante de um Conselho que usa o Conselho
para fazer política. Fez isso contra o Governo do PT e está fazendo agora
contra o Governo Fogaça, e o Governo Fogaça não reage. Nós reagimos, eu sei que
a gente não levou a melhor, mas nós levaremos a melhor, porque nós não vamos
passar o tempo inteiro em luta sem ganhar a peleia dessa gente, porque estão
submetendo o povo - e não só o povo, as categorias - à humilhação. Nós queremos
fazer aqui um apelo aos enfermeiros, aos nutricionistas, aos assistentes
sociais, aos psicólogos, a todos os profissionais da Saúde que querem que o
Postão funcione, que, por ditadura do Cremers e do Simers, os médicos não estão
trabalhando. Nós, também, não vamos mais conciliar, Verª Maria Luiza - V. Exa
que faz um trabalho na área da Assistência Social -, com profissionais da Saúde
tendo que trabalhar religiosamente seis horas, ou quando até fazem horas
extras, ou quando se dedicam além do seu horário, porque não vão deixar as
pessoas penando pelos corredores do Hospital, do PAM.
Os
médicos, pelas informações que nós temos, Ver. Todeschini, não estão cumprindo
essas determinações. Felizmente, ontem, um órgão da imprensa da Capital fez uma
matéria importante sobre a questão do fechamento dos Postos de Saúde da
Família, Ver. Oliboni, na Zona Leste, Ver. Comassetto, e o PSF da Castelo, que
V. Exa vê todos os dias, aquele fantasma demolido, detonado, e não
foi feito absolutamente nada. Nada, absolutamente nada!
Os
problemas da Cidade continuam. Alguém já me disse que na Praça Rui Barbosa,
onde querem fazer um camelódromo, sem obedecer à legislação de ter Estudo de
Viabilidade e de Impacto de Vizinhança, não foi feito; e querem fazer o
camelódromo, mas estão fazendo contra a Lei. Não vão deixar passar. Parece
Bangadlesh, pessoas morando na rua, sujeira, um absurdo total e absoluto.
Na
Audiência Pública, na Restinga, sobre o Socioambiental havia quatro pessoas.
Como foi feita essa convocação? Quatro pessoas! Não querem dialogar com
a população; têm medo do povo.
A
EPTC também veio aqui e reuniu-se na CUTHAB, ia fazer uma reunião na Zona Norte
e agora chamou as pessoas para irem à EPTC. Tem que ir lá na Zona Norte, lá
naquela Vila, para verificar o pedido da comunidade!
Estou
gripado, mas nem por isso deixarei de falar, porque também quero marcar aqui o
absurdo das pichações racistas feitas na feitas na UFRGS sobre a questão das
cotas. A favor ou contra a posição, é inaceitável a volta do nazifascismo na
nossa Cidade.
Para concluir, é inaceitável que o Chefe do Judiciário deste
Estado achincalhe uma jornalista, chamando do que chamou a jornalista Rosane de
Oliveira. Eu sou um democrata, eu sou pela livre expressão! Eu não aceito que
alguém utilize o seu cargo para achincalhar outra pessoa, não aceito! É
inaceitável!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Sra
Presidenta, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento, no dia de ontem,
da mãe da Verª Clênia Maranhão, a Sra Maria das Dores Leal Maranhão,
que faleceu na cidade de João Pessoa, na Paraíba.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Deferimos o pedido.
(Faz-se um
minuto de silêncio.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sra Presidenta, Verª Maria Celeste, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu confesso que eu gostei mais do Ver. Adeli
Sell, ontem à tarde, na Audiência Pública da Comissão de Finanças, quando
elogiou a Execução Orçamentária, quando ele disse que estava tudo muito bem.
Agora, hoje, ele está resfriado, e acredito que, por isso, ele está mais bravo.
Mas eu concordo com ele quanto à Av. Baltazar de Oliveira Garcia, é uma coisa
que não tem explicação, eu já disse várias vezes. O custo orçamentário da obra
não me importa, o custo social nunca será calculado e nunca será recuperado,
portanto, alguma coisa devia ser parada para que a Av. Baltazar de Oliveira Garcia começasse imediatamente.
Eu não posso entender como é que deixaram abrir toda a Av. Baltazar de Oliveira
Garcia sem ter um cronograma financeiro. Não tinha! Agora, eu ouço falar nos
repasses da Saúde. Reclamam tanto! Mas por que não reclamaram dos repasses da
Saúde que não foram feitos quando era o Olívio Dutra o Governador? Mas por que
não reclamaram?!
A
Governadora Yeda vai completar seis meses de Governo; portanto, ela não deve
estar devendo tanto. Agora, a Justiça, quando condenou, condenou o Governador
Olívio e o Governador Rigotto; os dois. Portanto, não acho que estes 30 milhões
de reais que o Município tem a receber possam ser tão criticados, porque o
Estado não paga por alguém que também faz parte. Eu fico triste que não paga:
gostaria de ver esse dinheiro pago para que nós pudéssemos melhorar as
condições de Saúde e o atendimento aos munícipes porto-alegrenses.
Em
dezembro de 2004, um criminoso acordo foi feito, e mudaram os percentuais de
recursos encaminhados pelo Ministério da Saúde para o Município de Porto
Alegre, que tem gestão plena da Saúde; inclusive, fiz um Pedido de Informações.
Todos
os meses nos chega uma parcela de 33 milhões de reais e uns quebrados. Só isto
daria para superar a Proposta Orçamentária da Prefeitura, fora os outros
valores que entram. A cada dia, recebemos aqui as informações: “Ministério da
Saúde, pagamento de Incentivo de Atenção Básica dos Povos Indígenas; Ministério
da Saúde, pagamento de FAEC, transplantes; Ministério da Saúde, pagamento de
Incentivo para casa de apoio tal; pagamento da Angioplastia Endovascular“.
Todos os dias tem. O criminoso contrato, o criminoso acerto feito em dezembro
de 2004 está dificultando a Saúde em Porto Alegre. Nós, em 2006, recebemos
menos do que em 2002, porque esse contrato e as movimentações anteriores, que eu
não conheço, que ninguém conhece, mas o contrato existe, fazem com que a Saúde
tenha dificuldade no atendimento. Acho, também, que o Postão não deveria ter
parado as suas atividades plenamente. Algumas, talvez, fossem difíceis de serem
executadas, mas a saúde da população, de repente, precisa ser resolvida, não
nos melhores ambientes, mas onde der. Há momentos em que nós lemos nos jornais:
um brigadiano ou um motorista de táxi fez um parto de uma senhora que estava
sendo transportada para o hospital, e ela teve a criança dentro do carro. E não
aconteceu nada, graças a Deus, essas crianças estão bem, aí.
Homens
- aliás, pseudo-homens - como Renan Calheiros deveriam ser afastados
sumariamente da vida do País. Ele e tantos outros que estão vicejando
imoralidade por todos os poros. Eu não tenho nada com que fulano ou beltrano
tenha uma amante, cada um é dono da sua vida e a leva como se sentir melhor no
campo das emoções sentimentais, mas o Renan Calheiros não está sendo julgado
pela sociedade como amante de uma bonita jornalista que, agora, mercê da mídia
e da fama e por ter dormido com um Senador e dele tendo uma filha, engata uma
nova profissão, que deverá ser a de modelo. Também não tenho nada com isso; mas
o dinheiro que rolou não sendo do Senador, mas de uma construtora ou
empreiteira, é motivo para se investigar, comprovar e punir.
A
esperteza de certas mulheres está na própria natureza de algumas delas. A
maioria das mulheres, infinitamente a maioria, são mulheres decentes, mas tem
umas figurinhas que não sentem nenhum pudor, nenhuma vergonha em vender o seu
sexo. E tem, também, as “verônicas” da vida, a esposa do Senador amante, a dona
Verônica, para dizer: “Coitadinho do meu marido, ele é uma vítima!” Pobres
“verônicas” da vida!
A
sociedade está esperando o resultado final dessa novela de muitos atores com
pouco talento, mas de uma pobreza descomunal na moral e na ética de uma Casa
como é o Congresso Nacional.
Renan
Calheiros, fosse ele um homem com vergonha na cara, renunciaria e iria
continuar criando bois na sua imaginação. Cadeia? Alguém falou em cadeia? Não.
Cadeia nem pensar. Cadeia é só para ladrão de galinha.
O
aumento salarial dos Srs. Vereadores. Depois que os Deputados Federais aprovaram
29% para eles, a Assembléia do nosso Estado baixou de 29% para 21%, e nós,
Vereadores, por unanimidade, tivemos aumento de 19%. Estes 19% foram
encontrados com base nos aumentos do funcionalismo nos últimos quatro anos.
Dezenove por cento para o Vereador provoca um aumento de 1.400 reais no
salário. Daí, desconta-se 27%, que é para colaborar com o Governo, via Receita
Federal, dinheiro que pode até servir para pagar as novas vagas de CCs que
foram criadas pelo Governo Federal. Um aumento de 1.400 reais; 378 reais
mandamos para Brasília, via Receita. Aumento real, então, de 1.022, que eu vou
usar para continuar pagando a assistência médica privada para a minha família,
já que eu não posso contar com os serviços do INSS.
A
Câmara Municipal de Porto Alegre foi de novo diferenciada dos demais
Parlamentos e deve ser seguida por outros do nosso Estado e do País.
Parabéns
à nossa Presidenta, Maria Celeste, que comandou a decisão de todos.
E,
para encerrar, estou entrando com um Projeto, aqui na Casa, que é para a
criação de um Grupo de Voluntários de Veterinários para que, com custas da
Prefeitura, em operação idealizada por ela, esses veterinários constatem a
qualidade de saúde de todos os cavalos e éguas que passam o dia puxando
carroças e carrinhos de lixo pela Cidade. Meu Projeto visa a retirar das ruas
todos os cavalos e éguas que estejam doentes, sem condições de continuar
trabalhando. Trata-se de um serviço pesado, para o qual o animal precisa estar
bem fisicamente, com boa saúde para executá-lo. Agora, se todos estiverem
doentes... Bem, daí a Cidade vira um caos. Deve ser acionado o plano dois de
emergência da Prefeitura Municipal, que deve existir, para que a Cidade não
fique mergulhada ainda mais no meio do lixo, como já está. É muito difícil
trabalhar doente. Vocês não concordam? Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sra
Presidenta; Srs. Vereadores, a Nação brasileira tomou ciência da farra dos CCs
com um certo estarrecimento, porque não reage mais a tanta arbitrariedade, pela
criação, Ver. Heinen, de 600 cargos em comissão novos para o Serviço Público
Federal, na vigência do contrato de outros milhares de CCs, já nomeados pelo
Serviço Público Federal. Não bastasse esse “canetaço”, outro aumento em 140% -
140%! - no pagamento mensal dos felizardos detentores dos cargos de nomeação
direta, os chamados CCs. Ao mesmo tempo o Partido dos Trabalhadores registra um
aumento de 545% da contribuição dos CCs, entre 20 e 30% dos valores recebidos
direto para os cofres vermelhos. O patrimonialismo é a grande característica do
populismo petista, cujo símbolo maior é a estrela vermelho-sálvia, plasmada nos
gramados do Alvorada, pelo primeiro-casal: mistura de partido com Governo,
neoplasia que rapidamente se metastatiza por todo o País, com base demagógica
de um totalitarismo moreno. Misturar interesses partidários e nacionais é
característica deste Governo, não só pela estrela no gramado do Palácio se
liquefazendo e por esse achego providencial de recursos ao Partido oficial da
Presidência, através do desconto em folha de novos cargos criados, já acrescido
dos anteriores, todos eles obesamente aumentados no mesmo canetaço. E somados,
ainda, ao acumulado pelas montanhas de escândalos, a maior de todos os Governos
do Brasil República. E tudo passa e nada acontece. E se houvesse um terceiro
mandato na Constituição, o cavalo do comissário era “pule de dez’”.
Hoje,
nós vemos na jornal Folha de São Paulo que o Presidente da República, mercê
dessas benesses populistas demagógicas do tipo cesta básica, desse tipo
abastardado de salário-família, de bolsa família, de ajuda, mantém uma
popularidade por volta de 74%. É a volta do carisma, é a volta do antigo
populismo que levou este País a lugares nunca dantes navegados e a volta de um
momento terrível da Nação. Um Presidente que dá 300 entrevistas por ano, faz
com que esta pobre Nação precise da ajuda do Deus dos desgraçados, é levado,
num País que aceita ainda um capital volátil, de um percentual insuportável,
precisa ainda se desvencilhar das amarras desse populismo barato, desse
populismo demagógico, dessa monarquia que se estabeleceu no País.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Sra Presidenta desta Casa, mui digna Vereadora Maria Celeste, nobres
Vereadores e Vereadoras, estampado nos jornais estamos vendo, mais uma vez,
como sempre digo, que estamos na contramão da história, perdendo uma guerra,
talvez a mais triste de todas. A respeito do que o nobre colega, Ver. Claudio
Sebenelo, aqui falou, dos seiscentos e tantos CCs para os quais o Governo
Federal, num canetaço só, aumentou os subsídios, ontem, foi aprovada a
Secretaria Especial dos Portos, mais uma, a 38º - eu duvido que alguém aqui
saiba o nome de todos os nossos Ministros hoje no Brasil -, parece-me que com
mais cento e tantos cargos a mais, além dos 600.
O que venho hoje, aqui, falar, está estampado em
editorial do jornal Zero Hora: “O maior flagelo”. Realmente, isso nos deixa
entristecidos, nos deixa preocupados, nós que já somos pais de família, somos
avós, pois o Brasil perde a batalha e o esforço para o narcotráfico, para o
consumo de drogas - maconha, crack, cocaína... Nosso País é responsável
por 1% do consumo mundial de cocaína, mas o que mais nos deixa preocupados e
tristes é a tendência, pois no Brasil se acelera o consumo de drogas, se acelera
o número de drogados, enquanto que em outros países - não sei se passaram por
essa avalancha - isso está mais estacionário.
Um País bonito, rico como o nosso, e essa chaga
imperdoável da destruição das nossas famílias. Basta ver, Dr. Fraga, se tivermos
alguém da nossa família contaminado por esse pecado, que é uma das coisas mais
tristes, pelas notícias que temos de famílias amigas que tenham se envolvido
com esse problema. Não podemos ficar como estamos, achando que aqui não vai
acontecer nada, como se a dengue ficasse isolada lá no Nordeste, como se no
País a droga fosse uma coisa boa.
Vejam quanto custa o tratamento de um drogado, de
um filho da gente, de repente; se é que cura! Nós temos estatísticas de certas
terapias que estão recuperando, mas não é uma estatística de 100%, se é que
recupera 100%. Eu acho que o Brasil está precisando, além de diminuir a
violência, além de diminuir essa corrupção imensa deste País, desfraldar a
bandeira contra o consumo de drogas. Uma coisa que me vem de sã consciência:
que nós liberamos e que não é mais crime consumir a droga. Agora, se tem
consumo, não vai ter o vendedor de drogas? Pôxa! Essa má chaga está corroendo a
nossa Nação, a nossa família, os nossos filhos, os nossos netos futuramente. E
parece que nós estamos aqui navegando no oba-oba, num país florido, como se
aqui fôssemos campeões do mundo em tudo. Podemos pagar muito caro, futuramente,
por essa nossa alienação de não atacarmos de frente. Eu falei brincando, uma
vez, que colocaram quatro mil brigadianos na rua, no Estado do Rio Grande do
Sul, e autuaram, parece-me, meia-dúzia de bares por falta de alvará. E
pergunto: quantos pontos de drogas eles autuaram? Não sei o que está havendo,
se é medo, se é um acovardamento. Nós temos que enfrentar esse problema antes
que ele chegue na porta da nossa casa, se é que já na porta de alguns não
chegou!
Governar não é só correr atrás, não é só tentar
remendar, não é só dar remédio para o paciente. Governar é prever que isso não
venha para o nosso País, que não venha a acontecer conosco. Prever, fazendo um
trabalho, tendo vontade política de enfrentar.
Então, é essa a minha preocupação, e eu acredito
que é a preocupação de todos aqueles que ainda acham que a família é uma
instituição que tem de ser preservada, que para mim é sagrada, é a célula
movimentadora de uma sociedade que não esteja doente; se a célula estiver
contaminada, contamina todo o corpo.
Gente, não nos vamos acovardar; vamos priorizar
também esse combate às drogas, ao traficante, ao produtor, ao consumidor.
Tratar um drogado, hoje, é a coisa mais triste; e mais triste ainda é conviver
com ele dentro da família. Não vamos deixar que isso chegue na porta de nós
todos, gente, vamos
enfrentar de uma vez. Muito obrigado, Sra Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Sra
Presidenta, Srs. Vereadoras, Sras Vereadoras, pois bem, eu venho
aqui falar do que aconteceu no domingo, do belíssimo trabalho feito pela
gloriosa Brigada Militar, um trabalho espetacular, dando segurança para toda a
torcida do Grêmio. Foi um trabalho que eu nunca tinha visto num Gre-Nal, mas eu
acho que foi um dos melhores trabalhos vistos até agora.
Então, a Brigada Militar está de parabéns por ter exercido
esse trabalho tão importante no meio das torcidas do Grêmio e do Inter, esse
trabalho de grande qualidade, de extraordinária competência. Aos nossos amigos
da Brigada, parabéns!
Volto
a falar, mais uma vez, sobre a Av. Baltazar de Oliveira Garcia. A Av. Baltazar
de Oliveira Garcia continua abandonada, está terrível! São 179 dias do Governo
e a Governadora Yeda, até agora, não fez nada por nós! Ver. João Antonio Dib,
V. Exa que foi Prefeito, duplicou aquela Avenida, sabe que aquela
comunidade, aquele bairro precisa tanto da Baltazar, e, assim mesmo, não tem
jeito: passaram-se 179 dias, faltam 186 dias para terminar o ano, e nada. Será
que nós vamos passar o ano todo pedindo, pelo amor de Deus, à Governadora, para
olhar para nós, que temos comércio na Av. Baltazar de Oliveira Garcia? O
comércio está, literalmente quebrado: a farmácia, o posto de gasolina, a
oficina, o minimercado, os bares. Então, eu quero dizer para a Governadora que
olhe para nós. Nós tivemos uma audiência com o Secretário Záchia e, até hoje,
não tivemos retorno. Nós íamos formar uma Comissão e iríamos para o Rio de
Janeiro para resolver o problema, mas, até agora, nada. O que podemos fazer,
Ver. João Antonio Dib? Aquele povo, lá, está cansado; o comércio está
literalmente quebrado. E nós, buscando alternativas junto aos órgãos
competentes, mas nenhum nos responde, nenhum faz nada! Pois bem, essa obra está
dentro do Município de Porto Alegre, mas não é competência do Prefeito Fogaça.
Assisti a uma entrevista em que ele disse já ter colocado mais de uma tonelada
de asfalto para fazer os reparos da Av. Baltazar de Oliveira Garcia. E assim
mesmo, se começar hoje a obra, vai terminar lá em 2009. Então, imaginem,
Vereadores Dib e Ervino Besson, já se passaram 186 dias, amanhã faltarão 185, e
assim vão passando os dias! E não se tem mais condições de agüentar isso. Nós
pedimos, pelo amor de Deus, que a Governadora nos atenda, que atenda a Comissão
que a Sra Presidenta está formando para irmos ao Palácio Piratini.
Acho que está na hora de a Governadora fazer alguma coisa, ela já está há 179
dias no Governo, e já teve ter uma noção de como fazer e de como buscar uma
alternativa, imediatamente, para a Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Ela não
pode esperar pelo comércio, esperar pelo pequeno empresário, pois, daqui um
pouco, o pequeno empresário vai ter que tomar uma atitude: fechar a Av.
Baltazar de Oliveira Garcia e pedir proteção, porque assim não há condições, Sra
Governadora! Eu votei na senhora, fiz campanha para a senhora, Governadora!
Acho que eu tenho o direito de cobrar: preciso que a senhora olhe para nós,
olhe lá para o povo, para o comércio, para o empresário, para aquela população
que precisa tanto da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, porque já não tem mais
dinheiro que pague o prejuízo que aquelas obram estão causando. Inclusive os
trabalhadores, os moradores que lá freqüentam, já quebraram o pé, a mão; caíram
na Baltazar; carros ali se acidentaram; carros viraram, e, assim mesmo, não
adianta pedirmos. Gostaria de pedir ao nosso querido Ver. Sebenelo e ao meu
amigo Ver. Luiz Braz, que se unissem a nós para buscarmos uma alternativa.
Vocês, Vereadores, que me ajudaram a fazer campanha para a Yeda. Nós pedíamos
votos para a senhora, Governadora, e agora, como é que nós ficamos!
Governadora, eu sei que é difícil, eu sei que a senhora está com problemas
financeiros no Rio Grande, mas a Senhora precisa olhar para nós e resolver,
definitivamente, o caso da Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Muito obrigado,
senhores.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Havendo
quórum, passamos à
Em votação o acordo feito pelas Lideranças para que
os Projetos constantes da Ordem do Dia sejam apreciados na seguinte ordem: PELO
nº 006/05; PLL nº 094/06; PDL nº 008/07; PLE nº 002/07; PLCE nº 014/06; PLE nº
053/06; Requerimento nº 079/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo
a Licença para Tratamento de Saúde, retroativa ao dia 21, do Ver. José Ismael
Heinen, com atestado e sem substituição por Suplente.
1º TURNO
PROC. Nº 1550/05 - PROJETO DE
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 006/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que altera a redação do inciso VIII
do art. 94 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, reduzindo o prazo para
o Prefeito Municipal prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação
do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver.
Adeli Sell: pela rejeição do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver.
Elias Vidal: pela rejeição do Projeto;
-
da CECE. Relatora Ver.ª
Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relatora Ver.ª
Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relatora Ver.ª
Mônica Leal: pela rejeição do Projeto.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CECE, CEDECONDH e COSMAM. Relatora-Geral Verª Sofia Cavedon: pela
rejeição da Emenda nº 01.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em
ambos os turnos - art. 130 do Regimento da CMPA;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 20-06-07;
- adiada a votação por duas Sessões.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação o PELO nº 006/05.
O Ver. Luiz Braz solicita a palavra para encaminhar.
Solicito confirmação, pois acho que o PSDB já encaminhou na Sessão passada.
Ver.
Luiz Braz, informo o Plenário que hoje nós só realizaremos a votação,
encerramos o encaminhamento na Sessão anterior. Portanto, é só a votação do 1º
turno.
Em
votação nominal o PELO nº 006/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO
por 13 votos SIM; 08 votos NÃO; 01 ABSTENÇÃO.
O
SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Sra
Presidente, por acreditar que, de acordo com o nosso Regimento, o período de
votação deve ser antecedido aos encaminhamentos, exatamente para que os
Vereadores possam ter uma orientação final para dar o seu voto, eu solicito que
essa determinação, que veio para modificar a interpretação feita com relação ao
nosso Regimento, possa ser submetida à Comissão de Constituição e Justiça, a
fim de que lá se possa dirimir interpretações com relação a esse item.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Perfeitamente,
Ver. Luiz Braz. Por gentileza, faça por escrito e, com certeza, será
encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça, esse seu Requerimento.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2282/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/06, de autoria do
Ver. Carlos Todeschini, que acrescenta alínea “q” ao art. 4º da Lei Nº 4.080,
de 15 de dezembro de 1975, e alterações posteriores, que cria o Departamento
Municipal de Limpeza Urbana, integrando um representante do CREA ao Conselho
Deliberativo.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Mario Fraga: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Bernardino Vendruscolo:
pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Raul Carrion: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 11-12-06.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PLL nº 094/06. (Pausa.)
O
Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLL nº 094/06.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Sra
Presidenta, Verª Maria Celeste;
colegas Vereadores e Vereadoras, na segunda-feira, Ver. Luiz Braz, nós votamos
um Projeto idêntico a este, levando ao Conselho Deliberativo do DMAE um
representante do CREA. Eu votei favorável, Ver. Carlos Todeschini, mas depois
de votar favorável eu cheguei no meu gabinete e comecei a me questionar: mas o
CREA é um órgão fiscalizador, e se ele é um órgão fiscalizador, como é que ele
vai fazer parte de um Conselho Deliberativo? Eu acho que está absolutamente
errado isso! Absolutamente errado! Errei, e até vou sugerir ao Prefeito que
vete o Projeto; e neste eu vou votar contrário, porque leva um representante do
CREA para o DMLU. Quer dizer, eu não tenho nada contra o CREA, pelo contrário,
tudo a favor do CREA, só que é o seguinte: se eu sou fiscalizador, como é que
eu vou fiscalizar um órgão em que eu tenho um assento no Conselho Deliberativo?
Então, isso está tudo errado, no meu conceito de gestão pública.
Eu não vou usar nem os meus cinco minutos, porque
não se trata de ser contra o representante do CREA, ou do próprio CREA, só que,
para mim, tem uma coisa aqui equivocada, Ver. Newton. Se o CREA não for um
órgão fiscalizador eu retiro o que eu estou falando, e, portanto, voto
favoravelmente; agora, se a minha fala estiver correta do ponto de vista de que
ele é um órgão fiscalizador, eu acho que é um equívoco da Casa conceder a um
órgão fiscalizador assento em conselhos deliberativos, e isso vale para o DMAE,
isso vale para o DMLU, isso vale para a PROCEMPA, isso vale para todos os
órgãos municipais. Então, quero dizer, Ver. Carlos Todeschini, que não vou
poder acompanhar V. Exa em razão dessa convicção. Pode ser que a sua
fala me demova, mas depois que eu votei eu refleti, analisei, pesquisei e estou
convencido de que ele é um órgão fiscalizador, e por ser um órgão fiscalizador
eu entendo que ele não pode ter assento em conselho deliberativo, razão pela
qual, então, a minha manifestação nessa discussão preliminar é de que não possa
acompanhar. Mesmo tendo tudo a favor do CREA, que é um órgão que merece
respeito, carinho, por todas as contribuições ao Brasil e ao Rio Grande do Sul,
se trata de um velho ditado popular: “A porteira por que passa um boi passa uma
boiada”. Quer dizer, se eu começar a colocar órgãos fiscalizativos em
deliberativos, eu vou ter que fazer isso com todos os outros órgãos do
Município de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 094/06.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sra
Presidenta, Verª Maria
Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu queria dizer para o
Ver. Sebastião Melo que, pela mesma lógica do raciocínio dele, o Instituto dos
Advogados do Rio Grande do Sul também não deveria fazer parte do Conselho,
porque é um órgão dos advogados e faz parte inclusive do Conselho. É certo que
é um órgão de controle das atividades dos profissionais. Nós estamos, aqui,
elegendo um membro do CREA para o Conselho Deliberativo, porque a alçada do
Conselho Deliberativo é deliberar sobre as questões da gestão do DMAE. É de
outra natureza que não tem conflito e nem subordinação às atividades da
natureza do órgão. Portanto, me parece muito natural e muito tranqüilo, porque
tem muito mais a ver o CREA com a natureza, com os assuntos, com as
competências do DMAE, e eu citei, aqui, as engenharias de que fazem parte:
Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia Química, Engenharia
Elétrica, Engenharia Mecânica. Enfim, são várias as áreas que abarcam a
atividade do DMAE. No entanto, isso não se confunde com questões de atribuição
do CREA sobre a responsabilidade técnica dos seus profissionais ou das obras
que são executadas. Estamos tratando do Conselho Deliberativo que é responsável
pelos atos de gestão. E há, na atual composição, onde são 14 membros, entidades
que guardam um distanciamento muito grande com a atividade.
O
Sr. Wilton de Araújo: V.
Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Revendo a
constituição do Conselho Deliberativo, nota-se que nós temos dois
representantes da área, que são: a Sociedade de Engenharia e o Instituto dos
Arquitetos. Parece-me que os engenheiros, arquitetos e todo esse segmento já
estão bem representados por essas duas entidades. Não necessitando, portanto,
na minha opinião, a inclusão de um novo membro do CREA.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Pois
eu discordo, Ver. Wilton, porque são também entidades específicas de
natureza específica: o CREA é uma autarquia, um organismo que tem uma função
determinada; a Sociedade de Engenharia é a associação dos profissionais da
categoria. Esta é uma entidade categorial; a outra é de outra natureza, é uma
entidade autárquica, e tem exercido um papel destacado, um papel relevantíssimo
nas questões do desenvolvimento do Rio Grande do Sul, nas questões do
desenvolvimento do Brasil, e tem guardado o melhor respeito! Portanto, eu não
consigo entender a justificativa de que o DMAE esteja afastado. A Agapan, por
exemplo, está presente, mas se retirou; ela existe formalmente, mas há anos não
participa mais. Outro exemplo: a Amrigs faz parte do Conselho Deliberativo e o
havia abandonado há bastante tempo. O próprio Instituto dos Advogados também:
só voltou na nossa gestão, recentemente. Portanto, como a atividade está
vinculada às naturezas das atribuições do DMAE e do DMLU, de cuja Projeto
estamos votando, tem, sim, tudo a ver, e de maneira bem importante, porque elas
são instituições que estão respondendo pela gestão de um órgão, sem
impedimento, sem subordinação às atividades de natureza exercidas pela relação
de responsabilidades a que os profissionais se ligam. Eu creio que, das
entidades propostas na composição, ela deveria ser não a última ou não existir;
ser a primeira a compor o órgão, porque ela é uma entidade abalizada
tecnicamente, tem conhecimento, tem condições de preparar, aprofundar os
processos e pode contribuir de maneira muito importante para a melhoria, para a
qualificação das decisões da gestão. Obrigado, Sra Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 094/06.
O SR. LUIZ BRAZ: Sra Verª Maria Celeste, Presidente desta Casa;
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores; Ver.
Todeschini, V. Exa tem-se mostrado um Vereador atilado e
inteligente, tem contribuído muito para os debates aqui nesta Casa, mas esse
Projeto de V. Exa me faz lembrar a frase dita pelo Ver. João Dib, de
que nós às vezes exageramos numa das competências que nós temos, a de propor
projetos de lei. Às vezes propomos projetos demais, e às vezes alguns desses
projetos não vão alterar o quadro que já temos hoje aqui em nosso Município. Eu
não quero criticar V. Exa pelo seu trabalho, que sei que é
brilhante, mas, com relação a este Projeto, acho que ele realmente não faz jus
a toda a inteligência que V. Exa tem demonstrado aqui nesta Casa.
Têm razão os Vereadores Wilton Araújo e Ver. Sebastião Melo, quando apontam,
primeiramente, que tantos os engenheiros como os arquitetos já têm os seus
representantes dentro desse Conselho; então, não seria realmente necessário que
colocássemos aqui mais uma representação dos engenheiros e dos arquitetos. O
Ver. Sebastião Melo frisa bem que o CREA é um órgão de fiscalização. Sendo um
órgão de fiscalização, ele não deveria estar aqui juntamente com esses outros
institutos, porque, afinal de contas, ele já tem lá os seus representantes.
Tanto a Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul como o Instituto dos
Arquitetos do Brasil estão lá representando aqueles profissionais que também
estão fazendo parte do CREA. Então, eu acredito que nós não precisaríamos, na
verdade, votar ou aprovar esse Projeto de Lei para melhorar a composição desse
Conselho Deliberativo. Acho que, se nós não colocarmos lá o CREA como
participante desse Conselho, aumentando para 15 os participantes aqui desse
Conselho, nós não estaremos prejudicando a Cidade absolutamente em nada.
O
Sr. Sebastião Melo: V.
Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Braz, muito
obrigado pelo aparte. Eu quero dizer novamente e sublinhar que não é por essas
razões que V. Exa destacou. Eu entendo que é incompatível; se eu
sou fiscalizador, eu não posso fazer parte, ter um assento num conselho de
administração! Isso é uma completa distorção do ponto de vista da gestão
pública! Então, nós votamos o Projeto na segunda-feira, e não sei como é que
vamos corrigir. E, aliás, se há algum órgão do DMAE, eu vou buscar todos os que
estão lá e, se houver, eu acho que a Casa tem que corrigir, porque não é essa a
finalidade. Se eu sou fiscalizador, eu tenho que fiscalizar o DMAE, e não fazer
parte do Setor Administrativo do DMAE. É por essa razão que eu acho que esta
Casa tem que negar.
O SR. LUIZ BRAZ: Exatamente essa linha de
argumentação que V. Exa utilizou que eu fiz questão de exaltar na
sua vinda à tribuna, Ver. Sebastião Melo. E quando falei das representações que
já havia com relação aos arquitetos e aos engenheiros, eu falava exatamente
daquilo que foi o aparte do Ver. Wilton Araújo ao pronunciamento do Ver.
Todeschini.
Então, eu acredito que esses dois argumentos são
extremamente válidos; eles se somam, eles não são excludentes e vêm dizer
exatamente que o Projeto do Ver. Todeschini, na minha opinião, pelo menos, não
deveria ser aprovado pelos Srs. Vereadores, porque acredito que ele não vem
realmente qualificar o Conselho, porque nós poderíamos aceitar um novo
componente aqui no Conselho, se viesse esse novo componente a qualificar o
Conselho. Eu não vejo, Ver. Todeschini, a esta altura dos acontecimentos, que o
CREA, entrando aqui no Conselho, venha dar uma qualificação maior para o
Conselho ou venha dar para o Conselho uma notoriedade maior com a sua inclusão.
Então, eu também me perfilo entre aqueles
Vereadores que são contrários à aprovação deste Projeto de Lei, pelas razões
que, primeiro, foram colocadas pelo Ver. Sebastião Melo e que, depois, foram
colocadas pelo Ver. Wilton Araújo, e acredito que são razões sobejamente bem
explicadas e qualificadas que dão razão para votarmos contrariamente ao Projeto
de Lei proposto pelo nobre Ver. Carlos Todeschini.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 094/06.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu
votei favoravelmente ao Processo que incluiu o CREA no DMAE. Eu fui Diretor do
DMAE duas vezes e, nas duas vezes
que fui Diretor do DMAE, o Conselho tinha dez conselheiros, e agora, este já
tem 15, e o DMLU também tem 15. E eu não havia me dado conta de um fato a que o
Ver. Sebastião chamou atenção, e o qual acho importante. Nós temos
representados no Conselho do DMLU a Sociedade de Engenharia, o Instituto de Arquitetos
do Brasil e a Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul. O CREA é Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
O
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia tem o seu Conselho de
Ética e, quando um dos seus integrantes procede de forma incorreta, ilegal,
indevida, é julgado. E se o CREA está ali, e as três classes - engenheiros,
arquitetos e agrônomos - também estão ali, acho que, realmente, torna-se uma
coisa difícil para, depois, fazer um julgamento ético, simples e consciencioso.
Realmente, eu acho que o Ver. Sebastião está com a razão, não dá para aprovar a
colocação do CREA no Departamento Municipal de Limpeza Urbana e no seu Conselho
Deliberativo. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Sra
Presidente, quero fazer um Requerimento de adiamento, por três Sessões, da
discussão do PLL nº 094/06.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação o Requerimento, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, solicitando o
adiamento, por três Sessões, da discussão do PLL nº 094/06. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3688/07 - PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 008/07, de autoria da
Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL,
que aprova as contas do
Município de Porto Alegre
referentes ao exercício de 1997.
Parecer:
- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
parecer do Tribunal de Contas favorável à aprovação;
-
para aprovação, voto favorável da maioria simples; para rejeição, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA, nos termos do art. 124 do Regimento;
-
incluído na Ordem do Dia em 25-06-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PDL nº 008/07. (Pausa.) O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para discutir o PDL nº 008/07.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Sra
Presidenta, Verª Maria Celeste; esta semana nós já fizemos o julgamento das
contas, se não me engano, de 2003, e agora estamos a discutir a aprovação ou
não das contas de 1997. Bom, eu quero chamar a atenção para algumas questões. A
primeira delas é que, no Exercício de 1997, a Prefeitura não cumpriu nem um
pouco o que deveria cumprir em relação aos gastos com a Saúde e com a Educação.
Quanto ao que a Lei Orgânica estabelecia, vejam, por exemplo: na Saúde chegou a
9,41%, e a Lei dizia que era 13%; já na Educação chegou a 25,50%, enquanto a
Lei determinava 30%. Essa é uma das irregularidades. Segundo, o Ver. Dib, que
aliás foi pela proposição da aprovação, sempre foi o maior crítico daquilo que
está dito aqui, que são as famigeradas cartas-contrato que fizeram com que o
Sr. Raul Anglada Pont fosse condenado em primeira instância; foram reiteradas
cartas-contrato, que são uma maneira disfarçada de entrar no serviço público
pela porta dos fundos! E isso está aqui nestas contas! Estão aqui! Não é uma,
nem duas, nem três, não são quatro, nem cinco e nem são seis...! Então, está
bem, querem aprovar, que aprovem, mas é importante dizer o seguinte: que esse é
um dos itens que também merece atenção, Verª Maristela, que é da nossa
Comissão, porque se trata de um volume muito grande de irregularidades, a
respeito do qual é difícil, num debate de cinco minutos, quase impossível fazer
uma análise mais criteriosa. Aliás, eu acho que o Regimento da Câmara deveria,
para momentos como este, reservar um debate mais qualificado. Como é que alguém
vai analisar um, dois, três, quatro, cinco, seis, dez, doze volumes em cinco
minutos?! É impossível isso! O Prefeito João Dib foi - e eu estou nesta Casa há
seis anos - quem mais eu ouvi bater nisso, e com procedência, Ver. Dib. V. Exa,
muitas vezes, usou esta tribuna para mostrar à sociedade que quem estava no
Governo - e ficaram no governo por 16 anos - tinha um discurso altamente
contrário às suas práticas! Então, eu vejo um discurso enorme do Partido dos
Trabalhadores em relação à Educação, em relação à Saúde, porque o Governo do
Estado não cumpre - não cumpre, e isso é verdade! -, não cumpriu no Governo
Olívio, não cumpriu no Governo Rigotto e, com certeza, não vai cumprir no
Governo Yeda, mas quando eles estão no Governo, também não cumprem, como não
cumprem lá em Brasília, hoje, em relação à CPMF, que dizia 50%!
Outra
coisa que está errada, Verª Neuza, que me dá atenção: é você julgar uma conta,
em 2007, de 1997! Isso é uma coisa absurda! Absurda! Mas esse Tribunal de
Contas, que adora botar “Prefeitinho” na cadeia, nunca botou um grande na
cadeia! Com os pequenos eles adoram fazer manchete - os pequenos, de cidade
pequena, coitados -, fazem isso com esses que não têm nem dinheiro para
contratar advogado! Aí eles vêm para cá, só faltando sair algemados! Agora, com
os grandes, eles têm uma convivência...! Olhem, eu, para fiscalizar a questão
do lixo aqui em Porto Alegre, tive de fazer, eu acho, umas vinte idas ao
Tribunal de Contas para o processo sair de uma gaveta e ir para outra! Mas que
coisa difícil!
Então, eu quero dizer o seguinte: há muitas irregularidades
nessas contas! Muitas! Mas eu destaco, especialmente, as cartas-contrato,
porque essas cartas-contrato fizeram jurisprudência durante 16 anos. Em nome do
interesse público, e tinham de prestar serviço... eu sei de pessoas que até
para a Europa foram fazer cursos com cartas-contrato. Então, isso está aqui
dentro.
Eu
quero encerrar, dizendo que, evidentemente, acho que gostaria de ouvir a
Comissão de Finanças, porque eu sei que essa é uma Comissão muito atenta, sei
que é uma Comissão muito diligente, sei que é uma Comissão que, como todas as
outras, trabalha muito, e V. Exas, com certeza, tiveram a
oportunidade que nós não tivemos de fazer a discussão interna lá na Comissão, e
acho, sinceramente, que seria muito oportuno ouvi-los, porque acho que V. Exas
vão poder enriquecer e contribuir enormemente com este debate da aprovação das
contas, para a discussão. Muito obrigado, Sra Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PDL nº 008/07.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sra
Presidenta dos trabalhos, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras; senhoras e senhores; Ver. João Dib; Ver. Professor Garcia; Verª
Maristela Meneghetti; Ver. Adeli Sell, somos nós que compomos a Comissão de
Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, que está encarregada de dar o
parecer na aprovação de contas ou nos pareceres que vêm do Tribunal de Contas
que, como órgão auxiliar desta Casa, acaba, na verdade, nos oferecendo todo um
estudo a respeito das contas do Executivo Municipal. Na Sessão de segunda-feira
passada, acredito que acabamos cometendo um erro grave. Estávamos julgando as
contas de 2004 e acabamos aprovando, contra o voto deste Vereador e de mais alguns
Vereadores, as contas do então Prefeito João Verle, que havia cometido, na
minha opinião, alguns deslizes que em uma Administração Pública não se pode
perdoar como, por exemplo, o pagamento de algumas despesas sem o prévio
empenho; como uma distorção com relação à interpretação do ISSQN das
empreiteiras, o que beneficiou sobremaneira as empreiteiras em um ano eleitoral
que foi o ano de 2004, em detrimento do Município de Porto Alegre, porque o
Município acabou, realmente, perdendo. Eu tinha dado um Parecer desfavorável na
Comissão de Economia e Finanças, fui acompanhado pela Verª Maristela
Meneghetti, mas o meu Parecer perdeu por 3 a 2. Agora, Ver. João Dib, nós
estamos aqui, analisando contas de dez anos atrás. Isso é uma barbaridade! Ver.
Sebastião Melo, fica quase que impossível para esta Casa, depois de dez anos,
julgar as contas que estão aqui analisadas pelo Tribunal de Contas, que têm
todos os aportes necessários para que nós possamos julgá-las, mas quem é que
vai ser penalizado dez anos depois? O Dr. Raul Pont já é Deputado Estadual, é
um homem consagrado dentro da política e, daqui a um pouquinho, vai ser julgado
por aquilo que fez dez anos atrás?! Há dez anos, os erros que aconteceram na
Administração também foram extremamente graves, e devem, Ver. Sebastião Melo,
servir pelo menos para alertar a população sobre aquilo que aconteceu há dez
anos, Verª Neuza Canabarro, e que nós, infelizmente, apontávamos naquela época,
mas não éramos ouvidos. Depois isso foi apontado pelo Tribunal de Contas, mas,
mesmo assim, as contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas. É claro,
caberia a esta Casa fazer uma revisão. Mas sabem como esta Casa poderia fazer
uma revisão, se, porventura, conseguisse aqui dois terços de votos contrários
ao Parecer do Tribunal de Contas? Nós vamos conseguir? Claro que não. Olhem, é
só ver a Bancada do PT que está aqui! Eu não vou ser contrário àquilo que eles
vão votar, claro que não; eles estão absolutamente no direito de defender
aquele que era o seu representante há dez anos, no ano de 1997. Mas a gente vê
uma barbaridade como essa, por exemplo, das cartas-contrato...! Nós recebemos,
aqui, na época, Ver. Wilton, uma grande comissão de pessoas que tinha prestado
concurso no Município, que estava apta para assumir na Saúde, aqui no nosso
Município, mas o Administrador naquela época continuava, de forma errada,
fazendo as cartas-contrato e mantendo os seus apaniguados nos cargos não
permitindo às pessoas concursadas assumir os cargos que estavam aí destinados
para o atendimento na Saúde. E a gente vê, também, que no campo da Saúde não
houve o cumprimento daquilo que era designado pela Lei Orgânica do Município
com relação à destinação de recursos.
E
o Ver. João Dib ressalta, aqui, aquilo que foi apontado pelo Tribunal de
Contas: na Saúde, apenas 9,41% dos recursos próprios, representando 73 milhões,
174 mil e 516 reais, naquela época, contrário àquilo determinado pela Lei
Orgânica do Município que, na época, determinava 13%. Depois, houve uma
alteração na Constituição e essa alteração é aceita, e não poderia ser
diferente, para análise de contas que, agora, é exatamente de, no mínimo, 15%.
Então, imaginem que, na alteração da Constituição, 15% ficaria bem atrás, mas,
naquilo que determinava a Lei Orgânica do Município, que era 13%, Ver. João
Dib, já era um disparate com relação àquilo que realmente era necessário fazer.
Assim, Ver. João Dib, muito embora, na Comissão a que nós pertencemos, eu tenha
dado um voto aprovando o Parecer exarado por V. Exa, mesmo dez anos
depois, mesmo sabendo que não vai adiantar absolutamente nada, mas apenas para
chamar a atenção da sociedade a respeito desses erros de 1997. Eu vou
acompanhar o meu companheiro de Bancada, o Ver. Claudio Sebenelo, e vou votar
contrariamente à aceitação das contas de 1997.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PDL nº 008/07.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
meus senhores e minhas senhoras. O tempo nos ensina muitas coisas, uma delas é
não repetir os erros do passado. No passado, eu fiz uma reunião com cerca de 20
Vereadores, e coloquei dois Pareceres: um, aceitando as contas do Prefeito, e o
outro, rejeitando-as. Os 20 Vereadores me disseram que eu deveria rejeitar, e
eu rejeitei. Eu tinha razão para tanto, senão não faria, apesar de o Tribunal
de Contas ter aprovado por unanimidade. Desde então, aprendi que é preciso ter
mais atenção com as coisas, e eu tenho. É claro, o Ver. Sebastião tem razão
quando diz que em cinco minutos não dá para discutir, não dá nem para ler o
Parecer do Relator, já que, para elaborá-lo, leva muito tempo. Nenhuma vez, a
Administração, nos 16 anos que passaram, aplicou na Educação ou na Saúde o
dinheiro que deveria ter aplicado, e essa é a razão pela qual eu queria
rejeitar as contas, e depois o Plenário deixou com quatro votos apenas,
rejeitando as contas do Prefeito.
No
Parecer da CEFOR está claro (Lê.): “Posteriormente, nos meses de julho,
setembro e outubro de 1998, o Serviço de Auditoria Municipal do TCE realizou
auditorias ordinárias (fls. 1907 a 1931, volume VI), específicas de ocorrência
do exercício de 1997, que apontaram falhas na área de recursos humanos; falhas
em despesas correntes, com convênios, contratos, obras e serviços (prestação de
contas, valores contratuais, habilitação para realização de obras, prazos de
execução e contratação e serviços além do necessário) e falhas na contratação
de pessoal, mediante cartas-contrato. O Processo foi então encaminhado ao
Conselheiro-Relator Victor José Faccioni, que de imediato determinou a
intimação do Sr. Raul Jorge Anglada Pont para prestar esclarecimentos sobre o
destacado nos Relatórios. Na condição de responsável pelas contas, eis que era
o Prefeito no exercício de 1997, o intimado apresentou amplo esclarecimento,
procedendo à juntada de documentação comprobatória. Destacou, também, terem
sido empreendidas ações para corrigir eventuais falhas formais.”
É verdade que, no caso das cartas-contrato, eu, Ver.
João Dib, fiz uma denúncia no Ministério Público, que denunciou o Prefeito Raul
Jorge Anglada Pont. “Não foi sem razão que o agente do Ministério Público
Estadual ofertou denúncia contra o Sr. Raul Jorge Anglada Pont ‘por entender
configurada a prática de delito prevista no art. 1º, inciso XIII do Decreto-Lei
201/67”. Ele foi julgado pelo Poder Judiciário, foi condenado à pena privativa
de liberdade e, posteriormente, absolvido em Segunda Instância.
Por
outro lado, uma das Comissões, depois do Relatório do Conselheiro Victor
Faccioni, opinou, em conclusão: “a) pela ‘advertência à Origem no sentido de
proceder ao saneamento das deficiências passíveis de regularização, cabendo a
esta Corte averiguar as medidas adotadas para futura inspeção’; b) pela ‘imposição
de multa ao interessado, pela inobservância a normas de Administração
Financeira e Orçamentária’; c) pela ‘glosa das duas despesas referidas, nos
valores de R$ 4.500,00 e R$ 5.851,50’; d) pela ‘emissão de Parecer favorável à
aprovação das contas do Sr. Raul Jorge Anglada Pont, Prefeito Municipal no
exercício de 1997”.
Ele
foi multado em 30 mil reais e ele deveria comprovar ao Tribunal de Contas que
ele recolheu os 30 mil reais. Isso eu não sei se aconteceu; não posso saber.
“Transitada
em julgado a decisão proferida pela Segunda Câmara e vencido o prazo regimental
do Tribunal de Contas para o recolhimento do débito e da multa imputada,
novamente foram atualizados os valores e, em seguida, extraídas duas Certidões
de Decisão - Títulos Executivos. Uma, enviada ao Prefeito Municipal de Porto
Alegre e, outra, enviada à Procuradora-Geral do Estado, em 19 de dezembro, para
fins de cobrança do devedor, Sr. Raul Jorge Anglada Pont”. Aí, os 30 mil,
acredito que ele deva ter pago, não sei, aqui não diz.
Dessa
forma, como se faz em todos os anos, inclusive nas contas em que eu dei Parecer
favorável do Prefeito João Verle, que no próximo ano deveriam ter corrigidas as
falhas da Administração. O Prefeito Fogaça está corrigindo as falhas da
execução orçamentária do Prefeito João Verle, e não tem nada. “Assim, muito
embora todas as restrições e falhas apontadas, porém face ao Parecer nº 9.871,
de 6 de dezembro de 2001, do Tribunal de Contas do Estado, que emitiu à
unanimidade, Parecer favorável e, frente, ainda, ao contido nos arts. 61 e 62
da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, propugna este Relator pela
aprovação das contas do exercício de 1997, da Prefeitura Municipal de Porto
Alegre, de responsabilidade do Senhor Raul Jorge Anglada Pont, com o Projeto de
Decreto Legislativo de que trata o art. 122 do Regimento, anexo”.
Ora,
se eu levei o ex-Prefeito à Justiça - levei duas vezes; foi condenado em
Primeira Instância e absolvido em Segunda -, mas o Tribunal de Contas disse que
estava certo, aceitou, eu não posso fazer nada diferente. Como a Justiça
absolveu o Prefeito no caso das cartas-contrato, não vou ser eu a condená-lo,
porque eu sempre respeitei a Justiça. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PDL nº 008/07.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maria Celeste, mui digna Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras, aos Vereadores
que me precederam, e outros que devem estar refletindo sobre essas contas, a
melhor resposta para seus questionamentos foi dada ontem pelo substituto do
nobre Secretário Municipal da Fazenda, Cristiano Tatsch, Sr. Zulmir, que foi
preciso nas suas colocações, quando disse que aquelas contas não empenhadas,
apesar das indicações dadas pelo Tribunal - e aqui discutimos -, foram todas
pagas, porque eram contas efetivamente realizadas, coisas que aconteceram, de
fato, na Cidade, e não havia qualquer óbice do ponto de vista ético ou moral da
Administração João Verle. No caso dos dez anos, Vereadores Luiz Braz e Sebastião
Melo, foi o Tribunal que demorou na análise dessas contas, porque aqui nesta
Casa, na nossa Comissão - inclusive, temos mais um Parecer para votar nos
próximos dias -, nunca passa dos 15 dias regimentais. Nós temos feito as
análises, aqui, de todas as Administrações.
Eu também queria me pautar um pouco naquilo que o
Ver. João Dib colocou, principalmente porque, na página 2 do Parecer do Ver.
João Dib, ele diz que o Prefeito “destacou, também, terem sido empreendidas
ações para corrigir eventuais falhas formais”. O Processo foi então encaminhado
ao Conselheiro-Relator Victor Faccioni, que de imediato determinou a intimação
do Sr. Raul Jorge Anglada Ponte para prestar esclarecimentos sobre o destacado
nos Relatórios. E ele coloca exatamente isso que eu acabei de ler: “terem sido
empreendidas ações para corrigir eventuais falhas formais”. Posteriormente, no
final do Parecer, lê-se que o Tribunal de Contas emitiu, à unanimidade, Parecer
favorável, e aí coloca o Ver. João Dib pela aprovação dessas contas.
No ponto de Educação e Saúde, se nós pegarmos as
contas que nós discutimos, ontem, com a Secretaria da Fazenda, o próprio
Secretário mostrou que, neste quadrimestre, está bem aquém da exigência legal.
E nós não fizemos nenhum questionamento, Ver. João Dib. Por quê? Porque ainda
faltam oito meses; até porque a atual Administração fez um reestudo dessa
questão da aplicação de verbas e, de forma inteligente, diga-se de passagem -
eu sou um daqueles que reconheço quando os adversários fazem uma coisa correta
-, não mais faz a soma dos gastos na Secretaria por Secretaria. Ele faz por
atividades. Anteriormente, nós fazíamos por Secretaria e, aí, o gasto da
Educação aparecia na SMED. Mas, havia nítidos, claros gastos em Educação na
FASC e na SME, por exemplo. Então, me parece que, aqui, é preciso dar a mão à
palmatória e dizer que a prestação de contas e a forma como é feito o
Orçamento, atualmente, fazendo por atividade, fica muito mais fácil para o
gestor público apresentar os números, porque, aí, ele coloca os efetivos gastos
em Saúde no ponto de Saúde, porque o gasto de Saúde que é feito na FASC ficava,
muitas vezes, fora. E, como a prestação de contas era feita por Secretaria,
quando a Prefeitura ousava fazer uma soma de um gasto fora da Secretaria, havia
questionamentos no Tribunal de Contas.
Então, eu acho que, agora, Vereadoras e Vereadores,
eu queria dialogar com o Ver. Luiz Braz, nesse particular. Parece-me que,
agora, fica muito mais fácil, fica muito mais clara a soma desses gastos e, por
isso, eu concordo com o tipo de prestação de contas, o que eu já disse no ano
passado, quando discutíamos o Orçamento.
Então, eu tenho a humildade de reconhecer essas
questões, como também quero dizer que tenho a plena convicção de que aquilo que
foi feito sempre foi feito pelo bem da Cidade, com muito cuidado, com muita
transparência e, aqui, tinha oposição nesta Casa, uma oposição que nos vigiava
e que nos cobrava.
Portanto, eu queria ter a compreensão de Vossas
Excelências. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(Manifestações nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Senhoras e
senhores, são todos muito
bem-vindos nesta Casa, uma boa-tarde. Quero informar que nós temos uma situação
regimental, nesta Casa, estamos em plena Sessão. Portanto, gostaria de contar
com a colaboração de todos os senhores e senhoras quanto às manifestações.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI (Requerimento): Sra
Presidenta, em nome da Comissão em Defesa dos Usuários de Transporte Coletivo
de Porto Alegre - nós temos aqui a Associação de Moradores do Centro, da Cidade
Baixa, do Bairro Azenha, do Costa e Silva, da Zona Norte, do Eixo da Baltazar,
da Lomba do Pinheiro, o Conselho Popular, o Orçamento Participativo, a
comunidade do Partenon, Teresópolis, Zona Sul -, nós gostaríamos de solicitar
que V. Exa nos recebesse, por alguns minutos, para que possamos
discutir o encaminhamento, já protocolado nesta Casa, por Requerimento do Ver.
João Antonio Dib e desta Vereadora, para que possamos formatar, nesta Casa, a
Comissão em defesa da questão do transporte especial, a questão dos Portais, e
que possamos dialogar com todas as Bancadas desta Casa. Obrigada.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Certamente,
Verª Maristela Maffei, vamos recebê-los. Para tanto, convido mais algumas
Lideranças, se assim desejarem, para receber a comunidade no Salão Nobre para
um diálogo. Esta Presidenta tem esta postura de receber a todos. Obrigada pela
presença dos senhores. Logo a seguir, estaremos nos dirigindo ao Salão Nobre.
(Palmas.) Eu solicito, para tanto, que a 2ª Vice-Presidenta, Verª Neuza
Canabarro, assuma a presidência dos trabalhos.
(A
Verª Neuza Canabarro assume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. LUIZ BRAZ: Nós
estamos votando um Processo para o qual nós precisamos ter dois terços dentro
do plenário, porque assim exigem os nossos mandamentos constitucionais. E
perguntaria a V. Exa se não seria melhor que nós votássemos
primeiramente esta matéria e, posteriormente, V. Exa recebesse as
pessoas que aqui estão, porque senão vai faltar quórum neste Plenário.
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Em
votação nominal o PDL nº 008/07. (Pausa.)
O
SR. LUIZ BRAZ: (Questão de Ordem):
Acredito que, como o Regimento diz que nós precisamos de dois terços para
rejeitar, neste caso, a Presidenta também vote, porque é maioria simples apenas
para aprovação das contas; para rejeição, nós precisamos de dois terços.
Acredito eu que, neste caso, também a Presidenta tem direito a voto.
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro):
Nós estamos com 10 votos ‘não’ e nove votos ‘sim’; então, não está empatado.
O
SR. WILTON ARAÚJO (Questão de Ordem): Pelo
Regimento, a presença da Presidenta em Plenário, no horário exato da votação,
impossibilita que duas, mesmo que ilustres Vereadoras, estejam exercendo o
mesmo cargo. Isso impossibilitou que V. Exa pudesse exercer o seu
direito do voto. Então, há um erro na votação.
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro):
Não, no momento, eu estou exercendo a presidência, então, não votei; quem votou
foi a Verª Maria Celeste.
O
SR. GUILHERME BARBOSA (Questão de Ordem): Verª Neuza, se o argumento do Ver. Luiz Braz está correto -
e eu concordo com ele -, não tem sentido a fala do Ver. Wilton, porque a pessoa
que está exercendo a presidência da Sessão deveria votar. Portanto, mesmo que a
Presidenta da Casa não esteja dirigindo a Sessão, as duas votam, eu concordo
com isso, porque os 36 Vereadores, neste caso, deverão votar. Portanto, não há
nenhum impedimento para que V. Exa, que dirige os trabalhos agora, e
a Presidenta da Casa, Maria Celeste, votem. Eu acho que votam as duas, sim.
O
SR. PROFESSOR GARCIA (Questão de Ordem): Tanto o Ver. Braz, como o Ver. Guilherme já disseram, é que
V. Exa, neste caso, tem de votar Sim, Não ou abster-se.
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Certo.
Vamos votar. Voto Não.
Nós
estamos aqui num impasse, porque a assessoria diz que eu não voto e os
Vereadores, que eu devo votar.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sra
Presidenta, neste caso, Verª Neuza Canabarro, o Ver. Guilherme Barbosa agiu
muito bem, porque não se trata de um Projeto que exija maioria simples.
Trata-se de um Projeto que, para aprovar o Parecer do Tribunal de Contas, pede
maioria simples; agora, para rejeitar, pede maioria qualificada. Então, neste
caso, nós devemos colher os votos dos 36 Vereadores. Não existe como nós
interpretarmos como maioria simples, porque estaríamos cometendo erro.
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Certo,
então vamos anunciar aqui o resultado da votação do PDL nº 008/07: 11 votos SIM;
14 NÃO; 4 ABSTENÇÕES,
total de 29 votos, portanto está mantido o Parecer do Tribunal de Contas. REJEITADO
o Projeto.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 1144/07 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 002/07,
que altera o código de identificação do cargo de Bibliotecário do Departamento
Municipal de Limpeza Urbana – DMLU, criado pela Lei nº 9.124, de 27 de maio de
2003.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 27-06-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Em
discussão o PLE nº 002/07.
O
SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Sra
Presidente, para que nós não cometamos um erro na interpretação das votações
que são feitas aqui na Casa: eu sei que nós estamos em votação, Ver. Professor
Garcia, mas nós votamos uma matéria que exigia maioria simples para sua
aprovação, e exigia dois terços para ser rejeitada. Só que, na hora da votação,
a maioria simples não foi, na verdade, para aprovar as Contas; a maioria
simples foi para rejeitá-las. Eu gostaria de perguntar à Comissão de Constituição
e Justiça da Casa como é que ficamos neste caso, porque nós não tivemos maioria
simples nem aprovando, nem rejeitando as Contas - ficamos praticamente num
limbo.
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): No
art. 124 diz (Lê.): “Apenas por decisão de dois terços dos membros da Câmara,
deixará de prevalecer o Parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas do
Estado”. Neste caso, nós não atingimos os dois terços, então permanece o
Parecer do Tribunal de Contas do Estado. Precisa ainda de alguma informação,
Ver. Luiz Braz?
Em
discussão o PLE nº 002/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
Apregôo
o Requerimento, de autoria do Ver. Prof. Garcia, que solicita o adiamento da discussão do PLE nº 053/06 por duas
Sessões.
Apregôo o Requerimento, de autoria do Ver. Prof.
Garcia, que solicita o adiamento da
discussão do PLCE nº 014/06 por duas Sessões.
Em votação os Requerimentos, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que solicitam o adiamento da discussão dos Projetos por
duas Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADOS.
(encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 079/07
– (Proc. Nº 3861/07 – Verª Maria Luiza) – requer Moção de Repúdio ao
Presidente da República pelo desvio de finalidade na aplicação da CPMF.
(incluído em 25-06-07)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Em votação o
Requerimento nº 079/07. (Pausa.) O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra
para encaminhar a votação do Requerimento nº 079/07.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Digníssima Sra
Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Srs. Vereadores, especialmente a Verª Maria
Luiza, esse talvez seja o maior pleito deste País em busca de um resgate nessa
área tão difícil, tão delicada, tão dolorida, como é a área da Saúde. A
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, em percentual, foi
solicitada ao Congresso a sua aprovação, pela primeira vez, provisoriamente, pelo então Ministro Adib Jatene -
extraordinário cirurgião, grande figura médica e um dos melhores Ministros de
todos os ministérios da história deste País. O Dr. Adib Jatene conseguiu, Ver.
Dr. Raul Fraga, a aprovação, a vigência e a aplicação da CPMF na área da Saúde.
Como havia um empréstimo anterior, de importância, de outras origens para tapar
o rombo da Saúde, e esse empréstimo era pago em prestações durante quase quatro
anos, três anos e tanto, as prestações foram pagas com recursos tirados da
CPMF. Depois disso, passou a ser aplicada 100% na área da Saúde. Até que com a
diminuição do percentual do PIB aplicado em Saúde, mas coberto pela CPMF, nós
ficamos surpresos, a Nação, quando a CPMF foi desviada para outras funções,
entre elas o Fome Zero, Bolsa Família e até para outras aplicações menos
confessáveis.
Hoje,
nós estamos num pleito nacional, que começou aqui com a Ajuris, com a Drª
Denise, Presidente da Ajuris, que fez um encontro na Assembléia Legislativa,
durante um dia inteiro, terminando por pedir ao Senhor Presidente da República
que toda a verba da CPMF fosse direto para o Ministério da Saúde. E outras
cobranças, inclusive de mais de um bilhão de reais, que os fundos de Saúde e
outras instituições que cobram seguro nos acidentes ocorridos em todo País,
foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde sem desembolso do seguro. Esse um
bilhão, mais a CPMF, aliviariam, em muito, essa verdadeira passeata de miséria
que nós vemos nos nossos postos de saúde, em que nós vemos a oficialização da favelização
por parte do Estado, não mais por parte da população. Certamente, a CPMF para a
Saúde aumentaria proporcionalmente o investimento na saúde per capita no
País. Nós estamos ultrapassando os 200 dólares per capita no País, sem a
CPMF; com a CPMF, nós iríamos a quase 300. Quero dizer para todos que a Bolívia
já tem 300 dólares per capita; que a Argentina já tem 300 dólares per
capita; que o Canadá tem 3.500 dólares; que os Estados Unidos têm 3.000
dólares per capita de aplicação em saúde. Então, essa sua reivindicação,
Verª Maria Luiza, que vem em muito boa hora, indiscutivelmente trata de um
assunto que para nós é mais do que urgente; é uma emergência nacional. Se
houver alguma sensibilidade do atual Governo - ele, que faz essas barbaridades
que nós estamos vendo, como, por exemplo, os 600 CCs, com mais 140% em cima de
prêmio, sendo que 30% disso vai direto para os cofres do Partido dos
Trabalhadores -, quem sabe a CPMF não possa ir direto para as pessoas que mais
sofrem neste País, na área da Saúde; quem sabe não se faça um mínimo de justiça
social, transferindo a CPMF toda para o Ministério da Saúde, para o atendimento
direto dessas necessidades brutais da sociedade feitas por uma Presidência da
República absolutamente indiferente ao problema.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
079/07.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Sra Presidenta desta Sessão, Verª Neuza Canabarro; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, quero-me congratular com a colega Vereadora Maria Luiza e
parabenizá-la por esta Moção de Repúdio a S. Exa, o Presidente da
República, pelo desvio da aplicação da CPMF. Os Democratas, numa campanha
nacional, já vão mais além: querem a extinção da CPMF. “Xô, CPMF!” Porque chega
de carga tributária neste País, sufocando toda a população brasileira. A CPMF
faz com que, de oito a nove dias por ano, cada um de nós trabalhe para a CPMF.
A nossa Saúde está com dois bilhões e 900 milhões reais de déficit de rombo
anual, e a CPMF tira da Saúde 17,7 bilhões de reais. Em contrapartida, Verª
Maria Luiza e Sra Presidenta desta Sessão, nós estamos vendo, em
todas as cidades deste Brasil, hospitais fechando, e principalmente os
hospitais beneficentes são os que mais estão sofrendo, de cidade em cidade,
caindo qual cadeia de dominó, e hospitais fechando, hospitais sem condições,
hospitais não se atualizando como teriam que se atualizar para o atendimento
principalmente da população mais necessitada desse atendimento. Logicamente que
aceitaríamos de bom grado que a CPMF se tornasse permanente, mas que realmente
ela fosse para a Saúde, que realmente ela fosse para que nós pudéssemos
apaziguar essa chaga, esse sofrimento da maioria do povo brasileiro, das suas
famílias, porque o imposto sobrecarrega, faz com que tenhamos menos
investimento em empregos e em tudo mais. Agora, se ele tivesse um retorno,
tivesse um serviço eficiente, tudo bem; temos países desenvolvidos até com
carga tributária maior do que a do Brasil. Agora, o Brasil é campeão de carga
tributária pelo serviço que ele presta de volta para sua população, em torno de
40%. Nós só temos é negócio de Petrobras; é negócio de Banco do Brasil dizendo
que tem lucro, lucro, lucro, e nós pagando taxas e mais taxas, pagando gasolina
cara. Agora, os hospitais, a Saúde, a Educação do povo brasileiro, com isso aí
ninguém está preocupado. Parece que, quanto maior a pobreza, quanto mais
são os que necessitam levantar o chapéu para pedir uma esmola, parece que é melhor
para se perpetuar no Poder - eu chego a essa triste conclusão. Em vez de
trabalharmos para promover o bem do indivíduo, para que ele possa ser dono de
si, para que ele possa dizer o que ele faz, que mantém a sua família, nós
estamos vendo este Brasil inteiro se separar em duas camadas sociais: uma
riquíssima, menos de 1% da população - são os banqueiros que nunca ganharam
tanto neste País, e os que estão próximos da Corte, que são os amigos do rei -,
e depois uma camada sofrida, aprisionada, esmoleira em troca do voto.
Parabéns, Maria Luiza, este é o meu o sentimento,
esta é a minha convicção. Agora, nós temos que continuar acreditando, não
podemos esmorecer, senão virão aqueles que batem palmas ao rei e aos amigos do
rei. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Maria
Luiza está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 079/07.
A SRA. MARIA LUIZA: Ao
cumprimentar a nossa Presidente, Verª Maria Celeste, cumprimento todos os
Vereadores, Vereadoras, o público presente e nossos telespectadores, venho a
esta tribuna para justificar o encaminhamento deste pedido, e o faço, acima de
tudo, em respeito e em consideração a milhões de brasileiros, porque são dez
anos que se passam, e esse Imposto foi criado por meio de uma Medida
Provisória, e se perpetua ao longo desses anos, sem, infelizmente, atingir o
seu objetivo lá na ponta, que é a Saúde. Nós soubemos, hoje, por intermédio da
imprensa escrita, que o Hospital da Vila Nova está prestes a entrar em greve,
um Hospital que atende milhares de pessoas. Então, estamos diante de um
encaminhamento que trata de uma situação crucial e que é um problema vivido de
Norte a Sul em nosso País, que é a questão da Saúde Pública.
Não poderia me omitir, como Parlamentar, e peço
aqui a atenção e a colaboração de todos os Parlamentares para que a gente
encaminhe, de forma positiva, este Pedido de Repúdio ao Presidente da
República, porque é inconcebível o desvio
de bilhões de reais que acabaram não vindo para a Saúde. E o que me preocupa é
que essa última Medida Provisória está em vigor até o dia 31 de dezembro de
2007, a partir de então será renovada uma prorrogação até 2011. E não podemos
nos calar, porque, na verdade, essa Medida Provisória, se não forem tomadas as
medidas necessárias, acabará sendo encaminhada de forma fracionada e não com a
destinação de 100% para a área da Saúde.
Então,
trago aqui a minha manifestação em nome de milhões de brasileiros que não
concordam com esse desconto, e que não seja a sua destinação total para a
Saúde. Não é possível que uma Medida Provisória acabe se perpetuando de forma
equivocada e de forma contrária à sua criação, que seria de contribuir para
melhores condições no atendimento da Saúde Pública no País.
Então,
agrego-me aqui, espero que a gente tenha um quórum suficiente para que,
realmente, possamos votar e aprovar esta Moção de Repúdio pela forma como está
conduzida a destinação da CPMF no nosso País. Fico agradecida; muito obrigada e
conto com o apoio de todos.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo
a Emenda nº 01 ao PLE nº 053/06, que diz o seguinte (Lê.): “Exclui-se das
tabelas do art. 1º e do art. 2º o cargo com denominação básica de Supervisor.
Justificativa da tribuna. Assinam: Ver. Guilherme Barbosa; Ver. Adeli Sell,
Líder da Bancada do PT e Ver. Carlos Todeschini”.
O
Ver. Dr. Raul está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
079/07, de autoria da Verª Maria Luiza.
O
SR. DR. RAUL: Sra
Presidente, Verª Maria Celeste; Vereadores e Vereadoras; aqueles que nos
assistem pela TVCâmara; acho de extrema importância nós nos manifestarmos de
forma forte nesta Casa em relação a essa Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira, que não tem nada de provisória e que, na realidade,
foi criada para a Saúde, mas hoje, definitivamente, não é aplicada como
deveria, na Saúde. Hoje, o nosso sistema para a Saúde Pública, como todos
sabem, está carente de recursos, o nosso Sistema Público de Saúde está fechando
hospitais. Há muitos hospitais que preferem não ter o leito, porque o leito
ocupado está saindo mais caro do que o leito sem o paciente; então isso é um
descalabro, isso é ridículo; isso faz com que nós tenhamos, realmente, de nos
posicionar, não sei se exatamente contra o Presidente da República ou contra
todo esse sistema que fez com que a CPMF virasse no que é hoje.
Eu
vejo e acredito que é muito proveitosa a manifestação e o Requerimento da Verª
Maria Luiza, porque nós precisamos, realmente, enquanto legisladores, enquanto
representantes populares, nos posicionar de todas as maneiras possíveis para
que a Saúde Pública, o SUS, remunere melhor os profissionais que lá trabalham,
remunere melhor as atividades que cercam todo o serviço de Saúde, para que nós
tenhamos realmente procedimentos feitos com maior qualidade, leitos ocupados, e
não escondidos nos hospitais. Precisamos que a CPMF, e não só a CPMF, mas os
investimentos na área da Saúde, venham com maior intensidade, que não haja
contingenciamentos e que realmente os orçamentos cumpram com o que devem na
área da Saúde, e acho que aqui também, o Governo Estadual, deve fazer o seu mea-culpa, apesar de ser a única área,
vamos dizer assim, em que vai haver um pequeno incremento no investimento, que
é a área da Saúde, pelo o que falou a Governadora Yeda Crusius. Eu acredito
que, mesmo assim, estamos muito aquém do necessário, e a Saúde Pública precisa
realmente ser tratada com dignidade, bem como os profissionais que dela fazem o
seu meio de vida, e os pacientes que dela diariamente necessitam.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 079/07.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu
faria uma primeira pergunta: quantas Moções de Apoio ou de Repúdio, feitas
nesta Câmara, atingiram os seus objetivos? Acho que nenhuma; acho que nenhuma!
O Ver. Dr. Raul tem razão em tudo o que disse.
O Ministro Adib Jatene imaginou a CPMF como um meio de
buscar recursos para a Saúde, e não conseguiu. Aprovaram a CPMF, mas, devido à
má aplicação, o Ministro Adib Jatene renunciou.
Agora,
o Presidente Lula, provavelmente, não vai dormir se receber esta Moção de
Repúdio da Câmara Municipal! E é por isso, Sra Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores que eu sempre afirmei que eu não voto Moção de
Repúdio nem Moção de Apoio, eu me abstenho, porque isso não produz coisa
nenhuma. Eu não conheço, volto a dizer, uma Moção desta Câmara que tenha
surtido efeito. Nós perdemos tempo e, às vezes, essas Moções terminam dando
reações e até agressões - hoje está calmo, não tem problema maior.
Portanto,
eu me absterei de votar, porque acho que não vai chegar a coisa nenhuma e nem
nunca o Presidente da República vai receber um documento da Câmara advertindo,
admoestando, enfim, repudiando-o. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. DJ Cassiá Gomes está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento
de nº 079/07.
O
SR. DJ CASSIÁ GOMES: Sra
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e demais presentes
nesta Casa, eu quero dar os parabéns à minha companheira de Bancada, a Verª
Maria Luiza, porque esta Moção expõe um desabafo da sociedade. É lamentável
para mim, como para milhões de brasileiros, termos de pagar para poder gastar o
seu próprio dinheiro. É lamentável! Eu e milhões de brasileiros, como os
senhores também, pagamos para gastar o nosso dinheiro. O dinheiro, aquele que é
descontado, que seria descontado, que eu não sei para aonde vai, e já vi que a
maioria aqui também não sabe para aonde vai, bem como a sociedade também não
sabe para aonde vai esse dinheiro que teria de ser para a Saúde. E vou dizer
mais ainda, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e demais membros desta
Casa: a pena de morte existe no Brasil; está na Saúde pública. Eu repito: este
seu manifesto, Vereadora, é um manifesto de milhões e milhões de brasileiros
que gostariam de estar aqui, desabafando neste momento.
Encerro,
dizendo, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, demais membros desta
Casa, que sinto a desigualdade a cada dia, a cada segundo que passa neste País.
Fala-se aqui da Saúde. Olhem aqui atrás: prédios lindos, com mármores, tapetes
bacanas e, ao lado, um cidadão, um trabalhador que constrói para este País, que
não tem como driblar o “leão” - pois já vem descontado -, caindo na porta do
Posto de Saúde, porque não tem atendimento médico.
Repito:
Vereadora, a senhora está de parabéns; o seu manifesto é um desabafo de milhões
e milhões de brasileiros. Encerro dizendo: a pena de morte existe no Brasil;
está na Saúde pública. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento
nº 079/07.
Verª
Maria Luiza, eu quero, em nome da Bancada do PDT, parabenizar V. Exa
por esta iniciativa. (Aparte anti-regimental.) Não. Talvez amanhã ou depois,
mas hoje o assunto é outro, hoje não é o assunto da Yeda. Não é demagogia, eu
não sou homem de fazer demagogia com ninguém, só que, pela nossa
responsabilidade como Vereadores desta Cidade, nós temos a obrigação e o dever
de falar a realidade do que está acontecendo neste País. Quando se cria uma
lei, que nem é lei, é mais um decreto, porque hoje se governa mais por Medidas
Provisórias e por Decretos do que leis.
Como o Ver. João Antonio Dib disse, leis existem
demais. Mas esse Decreto do Presidente, que cada vez está sendo prolongado, de
criar a CPMF para um fim... Mas para qual fim foi criada a CPMF? Para a Saúde.
Esses recursos são milhões e milhões que deveriam ser canalizados para a Saúde,
para o que todos nós contribuímos. Esse dinheiro chega ao destino para o qual
foi criado, Ver. Brasinha? Ou é desviado no meio do caminho, ou vai
simplesmente para uma vala comum? Alguém, um dia, vai ter que explicar isso
para a população. Queira, Deus, um dia, alguém consiga explicar isso para o
povo. E nós, que acompanhamos tudo aqui - como eu sempre digo, o pára-choque dos
problemas de uma cidade é a Câmara Municipal -, que sentimos diariamente o
sofrimento do povo, Verª Maria Luiza, essa tragédia que anda acontecendo na
área da Saúde, se esse dinheiro fosse canalizado, não precisaria ser na sua
totalidade, mas 60%, 70% desse valor, Dr. Raul, Dr. Sebenelo, V. Exas,
que trabalham durante o dia com o sofrimento do povo, V. Exas têm a
palavra balizada para falar do que eu estou falando aqui com mais conhecimento
que este próprio Vereador. Mas por que o Governo Lula não canaliza esse
dinheiro para a área da Saúde? Para onde vai esse dinheiro que nós contribuímos
diariamente? Para onde?
Meus caros Vereadores, talvez nos próximos dias nós teremos aqui mais um hospital
paralisado, como já fecharam, só aqui no Estado, 13 hospitais. Queira, Deus,
que, amanhã ou depois, não se feche mais um, porque o Hospital Vila Nova está
aí, está aí, meu caro Ver. Elói Guimarães, numa situação extremamente difícil e
delicada; um hospital que atende a maioria dos seus pacientes pelo SUS. Eu,
hoje pela manhã, estava falando com a diretora, a Cláudia, depois o Dr.
Dalmolin me ligou também, vai haver uma reunião - acho que, neste momento, está
acontecendo uma reunião no Hospital Vila Nova -, e talvez os funcionários dessa
Instituição entrem em greve amanhã ou depois! Os funcionários não conseguem
receber, porque o hospital está numa situação extremamente difícil! Ele atende
as pessoas mais pobres e na sua quase totalidade pelo SUS!
Ver.
Elói Guimarães, meu querido Ver. Elói Guimarães, sabemos que o Hospital Vila
Nova atende uma ala de aidéticos, Vereador, um tratamento extremamente caro; o
SUS repassa as verbas, mas não chega a repassar 20% do que custa um tratamento
a esses doentes! Será que nós vamos deixar o Hospital Vila Nova também, se
continuar assim, fechar? Verª Maria Luiza, temos que lutar, tenho certeza de
que o PT, pela tradição, pela luta do Partido dos Trabalhadores, votará
favoravelmente ao seu Requerimento. Espero que isso aconteça. Eu conheço a
consciência dos Vereadores do PDT, pessoas da retaguarda que vão votar
favoravelmente a esse Requerimento. Quem sabe talvez o nosso Presidente da
República consiga abrir os olhos e canalizar esses recursos - da contribuição
da CPMF - para o destino a que foram criados. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. MARISTELA MAFFEI:
Sra Presidenta, eu gostaria de comunicar, com muita satisfação, a
aprovação, pelo Congresso Nacional, da regulamentação dos estágios, assunto que
foi longamente debatida em uma Audiência Pública nesta Casa. Nós estamos todos
de parabéns e muito felizes, pois trata-se do Substitutivo da nossa Deputada
Federal Manuela d’Ávila. Obrigada.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Obrigada, Verª Maristela Maffei pela informação.
O
Ver. Haroldo de Souza está com a palavra.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA (Requerimento): Esta
Moção de Repúdio que se pede, na Casa, para o Presidente Lula, eu gostaria que
pudesse constar como extensiva também a Fernando Henrique Cardoso, já que foi
ele quem criou a CPMF. É possível? (Pausa.) Não é? Então, eu terei de fazer uma
Moção de Repúdio somente a Fernando Henrique Cardoso.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sra
Presidenta, a Moção é com relação à destinação dos recursos. Eu acredito que a
Moção não está contestando, na verdade, a criação da CPMF, e sim a destinação
desses recursos. Esses recursos é que são desviados; são recolhidos e são
desviados da área da Saúde. Mas a criação não está sendo contestada. Não é
repúdio com relação à criação.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Eu
só queria complementar que Fernando Henrique Cardoso fazia a mesma coisa com o
dinheiro! Ou não? Então, provem-me o contrário!
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Ver. Haroldo de Souza. Lamentavelmente não podemos acrescentar ao texto a sua
solicitação. Informo que, pelo Regimento, não há, neste momento, condição
adequada para fazer adendos ou Emendas ao Requerimento. Eu proponho que V. Exa
redija um novo Requerimento para votarmos neste Plenário, nos moldes que V. Exa
está solicitando.
A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 079/07.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sra
Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, na verdade eu
gostaria de ter usado o Tempo de Liderança - não o fiz porque estava em outro
compromisso - para falar sobre a questão das agressões sofridas pela empregada
doméstica, e outros assassinatos praticados por filhos da classe média neste
País. Mas, como o tema não é este, agora, amanhã vou usar o tempo de
Comunicação de Líder para falar. Eu continuo contra a maioridade penal. Mas eu
queria saber como é que os defensores dos negros e pobres se posicionaram nesta
Casa em relação aos filhos da classe média-alta daquela Cidade. A minha posição
é a mesma, mas não é disso que quero falar; falarei a respeito desse assunto
amanhã.
Penso
que a incompetência desde o Governo Rigotto em relação à
não-transferência e ao privilégio, Ver. Haroldo, que foram dados aos grandes
empresários através do Fundopem - pelas isenções, pelas grandes possibilidades
que houve de saldar dívidas -, beneficiou essas empresas, que poderiam ter
ajudado, inclusive o Governo Rigotto, a colocar em prática o Programa de
Governo, em relação aos postos de saúde a cada um quilômetro, que ele mesmo
alardeava -, segue, agora, com o Governo Yeda, pela falta de projeto, pela
briga que existe na Secretaria Municipal da Saúde, em que não se sabe quem é o
Secretário... se é o Secretário ou se é o Vice, pois eles não conseguem se
entender, quanto mais se preocupar com a população de Porto Alegre!
É um caos tão grande que, em janeiro, a PUC, que
atendia pelo SUS, Verª Maria Luiza - a senhora conhece, pois aquela instituição
atende basicamente aquela população da nossa região -, fechou as portas!
Recebeu dinheiro e não atendeu; fechou para reformas! Não foi ampliado
absolutamente nada, ao contrário, reduziu o atendimento pelo SUS! Eles
modificaram umas cortinas por exigência da Vigilância Sanitária e diminuíram o
atendimento às pessoas pelo SUS! Sabem como a gente analisa um discurso
demagógico de uma questão verdadeira? É só ir lá, Ver. João Dib, ver o que
acontece! É falta de gerenciamento! É falta de vontade política, porque, quando
a gente tem vontade - a gente sabe que o “cobertor é curto”, ninguém vai fazer
milagres, ninguém está ou esteve em condições... agora, quando a gente vê que
existe uma margem para ser investida nesse setor, nada fazem e favorecem
grandes grupos econômicos!
Hoje foi dita, na reunião, uma frase de que não vou
esquecer: “O Município tem que estar a serviço da população, tem de prestar
serviço a essa população, e não vender mercadoria ou fazer disputa de beleza”!
A Saúde não pode estar nas mãos das indústrias farmacêuticas! Hoje o salário
dos nossos aposentados é direcionado para as farmácias, não há Saúde
preventiva! E nossos estudantes, médicos de Saúde Familiar, só por terem
estudado em Cuba, estão sendo repudiados, e não lhes é permitido, aqui no
Estado do Rio Grande do Sul, a não ser com liminar, quando possível, trabalhar!
E aqueles que foram formados aqui no Brasil, fizeram concursos, e não querem
exercer! Foram chamados, mas querem estar onde? Então, temos que parar de achar
que o povo é uma mercadoria, de botar responsabilidade nos outros que estão
cumprindo a sua função. Aqui não tem capacidade nem política e nem de
gerenciamento, enquanto quem sofre, Ver. Claudio Sebenelo - V. Exa
que é médico, um grande profissional -, é a ponta, e a ponta são aqueles que
não têm como fugir de pagar os impostos diretos e indiretos, e estão morrendo
nas filas; estão morrendo. Não adianta alardearem que estão fazendo, em
conjunto, cirurgias, mas, na verdade, estão fazendo uma seleção, mas a grande
maioria continua morrendo.
Nesse sentido, Sra Presidenta, a Bancada
do PCdoB vota contra por uma questão ética, por uma questão de conduta e
respeito com a nossa população. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Verª
Maristela Maffei.
Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Luiz Braz e Adeli Sell, o Requerimento nº 079/07. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) 13 votos SIM; 2
ABSTENÇÕES. (Pausa.) Não temos quórum para a votação deste Requerimento.
Como não há quórum para continuarmos os trabalhos,
estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h45min.)
* * * * *